Greve na construção civil em MS preocupa por conta da violência registrada no País
Os operários da construção civil devem deflagrar greve ainda esta semana e uma das preocupações do sindicato da categoria é com possíveis atos de violência durante a manifestação, como aconteceu na Bahia e no Ceará. De acordo com o presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção Civil de MS (Sinduscon), Amarildo Melo, desde que a proposta […]
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Os operários da construção civil devem deflagrar greve ainda esta semana e uma das preocupações do sindicato da categoria é com possíveis atos de violência durante a manifestação, como aconteceu na Bahia e no Ceará.
De acordo com o presidente do Sindicato Intermunicipal da Indústria da Construção Civil de MS (Sinduscon), Amarildo Melo, desde que a proposta foi feita até agora não foi enviada uma contraproposta, apenas um comunicado que dentro de 24 horas a categoria iria paralisar as atividades.
Melo disse que a preocupação do sindicato não é com a greve e sim com a violência que está sendo gerada e a segurança dos trabalhadores. “Não estamos preocupados com a greve porque é direito da Constituição, nossa preocupação é com aqueles que não concordam com a greve e a violência que está acontecendo”, explicou.
O presidente disse que a greve é uma instrução nacional e que o que tem preocupado o sindicato é com a coerção dos funcionários que optarem por continuar a trabalhar, com os atos de violência, de depredação de patrimônio público e de ataque, de forma irresponsável, a liberdade dos operários e de toda sociedade.
Melo explicou que as manifestações podem ser de cunho político-partidário e com isso podem denegrir a imagem do profissional. “Eu digo de novo que não somos contra a greve, apenas que seja ordeiro e que respeite a decisão de quem queira trabalhar e não faça ameaças como fizeram no ano passado”, ressaltou.
O presidente do Sinduscon relatou que os empresários estão abertos para as negociações e que, em nenhum momento, se recusaram a discutir a proposta. Melo disse que o setor passa por um momento desfavorável e com isso o empresário está mais cauteloso. “Atualmente, o ambiente não é bom e remete cautela antes de investir”, diz.
Segundo o presidente, o setor está preocupado porque sabe que o Governo Federal está gastando mais do que arrecada, a Copa do Mundo e as eleições também causam receio, fora os atrasos nos pagamentos por parte do Governo Federal que faz com que o empresário fique temeroso para investir diante do quadro.
Melo também disse que o Sinduscon já procurou o Ministério Público do Trabalho e solicitou que representantes da categoria venham negociar com os empresários. “Como não foi feita uma contraproposta fomos até o MPT pedir para que eles venham e discutam para tentarmos uma negociação. Caso não aconteça iremos até a última instância porque estamos aqui para negociar”, conclui.
O presidente do Sinduscon-MS ressalta que estão abertos a negociações e que respeita o direito constitucional de manifestação, bem como, as reivindicações não podem a segurança dos trabalhadores, seus empregos, a sociedade e o desenvolvimento do Estado.
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