A conta de luz teria que subir 15% neste ano para que o governo conseguisse cobrir pelo menos a metade do rombo das distribuidoras de energia elétrica. A outra metade deveria ser bancada pelo próprio Tesouro Nacional. O cálculo é do jornal “Valor Econômico”.

Segundo o jornal, o acionamento das usinas termelétricas, por conta da falta de chuvas, deve gerar um custo entre R$ 10 bilhões e R$ 13 bilhões para as empresas distribuidoras de energia elétrica.

As empresas pressionam o governo para ajudar a bancar essa conta.

O governo tenta encontrar uma forma de pagar parte dessa conta, por meio do Tesouro Nacional, sem comprometer seu orçamento e suas metas fiscais, incluindo a de economia para pagar juros da dívida (o chamado superavit primário).

Outra preocupação é que um aumento na conta de luz poderia fazer a inflação aumentar, num momento em que o governo se esforça para manter o indicador abaixo do teto da meta (que é de 6,5%).

Esse repasse para o consumidor também pode ter um impacto negativo para a imagem da presidente Dilma Rousseff, o que não é favorável em um ano de eleições.

A decisão sobre o gasto com energia é necessária porque, até esta quarta-feira (19), o governo precisa definir cortes do Orçamento e a meta de superavit primário.