O governo alemão rejeitou a afirmação da Rússia de que a exclusão da Crimeia em uma missão da OSCE à Ucrânia tenha sido uma admissão tácita pelo grupo de segurança pan-europeu de que a península agora pertencia à Rússia.

A Rússia concordou na sexta-feira com os outros 56 membros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, na sigla em inglês) sobre o envio de uma missão de monitoramento de seis meses para a Ucrânia, mas disse que a organização não tinha mandato para a península do Mar Negro anexada por Moscou.

O Ministério do Exterior russo disse em seu site no sábado que o mandato da missão da OSCE “reflete as novas realidades políticas e jurídicas e não se aplica à Crimeia e Sevastopol, que se tornaram parte da Rússia”.

Berlim rapidamente rejeitou esta interpretação. Um porta-voz do governo da chanceler Angela Merkel disse em resposta a uma pergunta da Reuters: “A OSCE expressamente não está colocando em dúvida a integridade territorial da Ucrânia.”

“A observação do ministério das Relações Exteriores russo é enganosa a esse respeito”, disse o porta-voz alemão.