Globo poderá ter primeira narradora na Copa da Rússia

Fernanda Gentil é o principal nome feminino da cobertura desta Copa na Globo. A repórter se destaca pelo carisma e a facilidade de improvisar ao vivo. Ela tem chance de se tornar a primeira narradora da emissora num Mundial — a estreia poderá acontecer na Rússia, em 2018. Uma fonte informa que a cúpula do […]

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Fernanda Gentil é o principal nome feminino da cobertura desta Copa na Globo. A repórter se destaca pelo carisma e a facilidade de improvisar ao vivo. Ela tem chance de se tornar a primeira narradora da emissora num Mundial — a estreia poderá acontecer na Rússia, em 2018. Uma fonte informa que a cúpula do canal acredita ser importante abrir espaço para as mulheres no fechadíssimo clube de locutores esportivos da TV.

As emissoras sempre têm ‘musas’ do jornalismo esportivo. Entre as atuais estão Renata Fan e Paloma Tocci (Band) e Glenda Kozlowski e Christiane Dias (Globo). Elas atuam como apresentadora, repórter e até comentarista, mas ainda não tiveram a oportunidade de alcançar o topo da carreira, narrando partidas de futebol no maior evento do esporte.

No bom e velho rádio esse tabu começou a ruir no sábado (14). Professora de Educação Física e jazz, a carioca Renata Silveira narrou para o site da Rádio Globo o jogo entre Uruguai e Costa Rica, no terceiro dia da Copa. Ela realizou a façanha após vencer o concurso de talento ‘Garota da Voz’. Agora é esperar a chance de ancorar uma transmissão diretamente nas ondas do rádio.

Apesar de o início da revolução feminista ter sido nos anos 1960, a Globo demorou algumas décadas para ‘promover’ mulheres a posições-chave de sua programação. A primeira a ocupar a bancada do Jornal Nacional foi Valéria Monteiro, em 1992. Ela cobria folgas e férias dos titulares Cid Moreira e Sérgio Chapelin. Somente quatro anos depois Lillian Witte-Fibe se tornou a pioneira com cadeira cativa no telejornal de maior audiência do país.

A última fronteira do domínio masculino na televisão é realmente a narração esportiva de um evento planetário como a Copa do Mundo. Sempre que a inclusão feminina é proposta surge a teoria de que o telespectador-padrão (leia-se conservador e/ou machista) não aceitaria assistir aos jogos de futebol com locução de uma mulher. Falava-se o mesmo sobre eleger uma mulher para a presidência do Brasil. O tempo provou que até o aparentemente impossível pode acontecer.

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