Alvo de críticas pelo custo que já atingiu R$ 104 milhões, a obra deve consumir ainda mais dinheiro público para funcionar. Puccinelli disse que explicaria os gastos para evitar ‘burradas’ nos jornais. No entanto, não apresentou valores.

Até outubro deste ano, data prevista para entrega do Aquário do Pantanal, nos altos da Avenida Afonso Pena, não há limite orçamentário previsto para o equipamento do maior aquário de água doce da América Latina, segundo informações do governador André Puccinelli, nesta segunda-feira (2).

O único teto estabelecido pela obra é a construção física da estrutura. Avaliada inicialmente em R$ 84.749.754,23, o valor pode ser acrescido por lei em até 25%. E já está acima dos R$ 104 milhões.

Porém, 16 suplementações em nome do Aquário publicadas em Diário Oficial mostram que a previsão orçamentária é de mais de R$ 124 milhões. Puccinelli explicou o valor fazendo comparação com a compra de um imóvel.

“Quando você compra um apartamento ele já vem com o sofá, a panela, o fogão? Esse dinheiro não é do Aquário. Ninguém usa um apartamento vazio, sem cadeirinha nem poltrona”, comparou.

Portanto, a obra e estruturas para a operacionalização chegarão, ao menos, aos R$ 124 milhões, já que nenhuma suplementação orçamentária é feita sem contratação prevista, conforme previsão da lei. Valor este que pode aumentar, já que mais suplementações para equipar a obra podem ser feitas até que ela seja entregue.

“Será suplementado mais tanto quanto for necessário para recursos humanos, salários”, avisou o governador.

A exemplo disso está o contrato com a Fluidra Brasil Indústria e Comércio Ltda, que custou R$ 25.087.950,77 apenas para a execução do sistema de suporte a vida, ou seja, o projeto do viveiro de peixes dentro do Aquário.

Esse valor não é contabilizado pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul como o de construção do espaço físico, mas sim como de serviço de suporte para o funcionamento da construção, como outros que poderão ser firmados até a inauguração do espaço.