Garoto de 12 anos admite que se prostituiu e servidor também responderá por estupro

O homem, de 33 anos, atraía garotos com perfil falso de uma garota e os aliciava, pagando R$ 30 em troca de sexo sem proteção. Ele é portador do vírus HIV e escondia o fato dos menores. Pelo menos 20 meninos já foram ouvidos

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O homem, de 33 anos, atraía garotos com perfil falso de uma garota e os aliciava, pagando R$ 30 em troca de sexo sem proteção. Ele é portador do vírus HIV e escondia o fato dos menores. Pelo menos 20 meninos já foram ouvidos

O servidor Jeferson Porto da Silva, de 33 anos, vai responder também por estupro de vulnerável. O fato ficou confirmado após um menino, de 12 anos, se apresentar como vítima na delegacia para prestar depoimento.

A delegada responsável pelo caso, Marina Lemos, afirmou que o menino foi atraído pelo perfil falso de Silva no Facebook. Na página o servidor se passava pela jovem “Jessika Alessandra, de 19 anos” e postava mensagens provocantes para atrair os garotos, deixando inclusive o número do celular.

De acordo com o site Dourados News, depois de ser atraído o garoto acabou convencido por Jeferson a se relacionar com ele em troca de dinheiro.

A delegada afirma que aproximadamente 20 jovens já foram ouvidos desde a prisão de Jeferson, no domingo (19). Segundo ela, todos os adolescentes afirmaram que receberam dinheiro do servidor após terem relação sexual. “Eles não faziam isso pelo dinheiro, mas pelo fato de Jeferson falar que se tivessem relação com ele, ele apresentaria amigas”, diz Mariana.

Silva deve responder pelos crimes de estupro de vulnerável, favorecimento à prostituição infantil, pedofilia, perigo de contágio venéreo e falsificação de documento particular (pelo fato de ele ser portador do vírus HIV e mesmo ciente disso ter mantido relações sexuais sem uso de preservativo, além de ter falsificado exame clínico para fingir não ter o vírus para as vítimas).

Caso

Jeferson trabalhava no setor de RH (Recursos Humanos) da prefeitura de Dourados. Após dois meses de investigação, ele acabou preso apontado como aliciador de jovens e incentivá-los à prostituição. O suspeito utilizava um perfil falso no Facebook e também no aplicativo de conversas para celular ‘WhatsApp’, onde se passava por uma mulher chamada ‘Jessika Alessandra’.

Após atrair os adolescentes entre 14 e 16 anos, ele marcava encontros noturnos na casa dele, onde morava com a mãe, que é idosa. Quando chegavam lá e viam que não se tratava de uma mulher, os jovens eram convencidos pelo servidor a manter relações sexuais com ele mediante pagamento de R$ 30. Computadores e celular dele foram apreendidos com vídeos e fotografias.

Portador de HIV, Jeferson chegou a falsificar um exame clínico para convencer os jovens que questionavam a falta do uso de camisinha. O servidor deve ser transferido para a PHAC (Penitenciária de Segurança Máxima Harry Amorim Costa) até o fim desta semana.

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