Com apenas 14 anos ele já foi três vezes campeão de gaita em Mato Grosso do Sul. Filho de gaúcho, Konrado Herculano Leite, revela que a paixão pelo instrumento que ecoa nos salões de bailes dos CTGs (Centro de Tradição Gaúcha) se deu por influência do pai.

Apesar de não ser músico, José Roque Leite, 56 anos, é o grande incentivador de Konrado. Foi ele quem de certa forma insistiu para que o jovem começasse a tocar, e a brincadeira que começou como quem não quer nada foi ficando séria.

“Um dia o pai mostrou a gaita e perguntou se eu queria uma. Falei que sim. E já se passaram cinco anos”, conta, lembrando as premiações.

Konrado começou a tocar o acordeon, ou gaita piano, em 2009. Com apenas seis meses de aula ganhou o 1⁰ lugar de Gaita Piano Categoria Mirim, se tornando o campeão Estadual. A competição se realizou em Dourados.

No ano seguinte, ele ficou em 2⁰ lugar na Categoria Mirim, no Fegams (Festival Sul-Mato-Grossense de Folclore e Tradição Gaúcha), em Rio Brilhante. Em 2011, foi campeão juvenil na Gaita Piano, em Ponta Porã. “Competi com gaiteiros de 18 anos”, salienta.

Em outubro passado, ganhou o campeonato estadual, em São Gabriel do Oeste, de Gaita Piano Juvenil. Já para o ano que vem, ele irá para o campeonato nacional, o Fenart 2015. Sem cobrança, Konrado diz que vai competir sem o peso de ganhar, mas se vier o prêmio será lucro. “O importante é competir”, diz.

Charme

Fora os campeonatos, Konrado sabe que o instrumento é uma boa arma de sedução. Apesar de novo, brinca que já tem umas fãs por ai e confessa que a gaita ajuda a jogar charme para as meninas. “Quando eu tinha o cabelo comprido elas falavam o guri cabeludo que toca gaita”, conta aos risos.

A mãe, Silmar Herculano Souza, 50 anos, mais que coruja revela. “Desde menino a mulherada já era apaixonada por ele. Quando eu via ele estava rodopiando no salão. Era de menina novinha de 7 anos as mais velhas”, explica.

Orquestra

Outra paixão de Konrado é a mistura de ritmos, integrante da Orquestra Camerata Violeira, sob a coordenação do músico Marcos Assunção, o jovem conta que gosta da mistura de estilo fronteiriço ao sul-mato-grossense, e na orquestra pode tocar outros ritmos sem deixar de lado o seu tradicionalismo.