Funcionários dos Correios da Capital fazem manifesto contra mudança no plano de saúde

Funcionário dos Correios fazem um manifesto no final da tarde desta terça-feira (4) em frente ao Correio Central, por conta da mudança no plano de saúde, na qual segundo os trabalhadores irão mudar de beneficiados para associados, e assim terão de pagar mensalidades, taxas de consultas e para utilização de dependentes. Os trabalhadores contam que […]

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Funcionário dos Correios fazem um manifesto no final da tarde desta terça-feira (4) em frente ao Correio Central, por conta da mudança no plano de saúde, na qual segundo os trabalhadores irão mudar de beneficiados para associados, e assim terão de pagar mensalidades, taxas de consultas e para utilização de dependentes.

Os trabalhadores contam que estão sem apoio da Sintect-MS (Sindicato dos Trabalhadores nos Correios Telégrafos e Similares de Mato Grosso do Sul). A categoria está se mobilizando por meio das redes sociais numa chamada Oposição Sindical-MS.

Ainda de acordo com os manifestantes, não há nenhuma posição do sindicato em relação a alteração, e também não há respostas por parte dos Correios e do próprio Recursos Humanos local, sobre o novo plano de saúde.

Ainda segundo quem estava na manifestação, o Sintect-MS não aderiu a greve nacional, na qual a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em empresas de Correios, Telégrafos e Similares), afirma que está sendo feito, pois em julgamento de dissídio coletivo realizado em outubro de 2013, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), ficou acordado que o plano de saúde não seria alterado.

No estado, existem aproximadamente 1.600 funcionários, onde todos, segundo os trabalhadores terão de pagar as novas taxas. De acordo com a Fentect, um funcionário do estado do Paraná já teve de pagar uma taxa de R$ 40 para receber uma medicação.

Como os funcionários são beneficiários, uma parte dos lucros é destinada ao pagamento de todo o plano de saúde dos servidores, que se chama Correios Postal nela é pago somente de 10% a 15% de uma consulta por exemplo.

Com a mudança o plano passou a se chamar Postal Saúde, tal como já consta novo cartão de usuário que já foram entregues em Campo Grande nesta terça. Hoje o salário base de um carteiro, atendente ou operador de triagem e transbordo é de R$ 1.049.

“Se não derrubarmos esse plano agora, não vamos conseguir derrubar agora”, disse o carteiro Helisson Nantes.

“Minha mãe por exemplo, ela é minha dependente, vai ficar como agregada, vou ter que pagar uns R$ 300”, argumenta o carteiro Cláudio Vegas de 33 anos.

“Vai ficar complicado principalmente para quem tem filho ou pessoas idosas, o salário já é defasado”, diz a editora de vídeos Dandara Nantes, 25, esposa de um funcionário.

Por meio de nota, os Correios informou que não haverá mudanças no plano de saúde. Leia a nota

Os Correios reafirmam que não haverá nenhuma alteração no atual plano de saúde dos trabalhadores, o CorreiosSaúde. Nenhuma mensalidade será cobrada, os dependentes regularmente cadastrados serão mantidos e o plano de saúde não será privatizado. Todas as condições vigentes do CorreiosSaúde serão mantidas, os percentuais de co-participação não serão alterados e os trabalhadores dos Correios não terão custos adicionais.

Estes esclarecimentos também foram feitos publicamente pela Postal Saúde no final de semana, por meio de comunicado divulgado em diversos jornais do País.

A Postal Saúde não é um plano de saúde. É uma caixa de assistência, patrocinada e mantida pelos Correios. Desde o início de janeiro, o plano CorreiosSaúde, que atende os empregados da ECT e seus dependentes, passou a ser operado pela Postal Saúde, com política e diretrizes definidas pela ECT. As regras do plano não foram alteradas — o pagamento do salário dos trabalhadores dos Correios referente a janeiro já foi realizado, no último dia 25, e não houve cobrança de qualquer tipo de taxa ou mensalidade.

A empresa está cumprindo o que foi definido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) no ano passado a respeito do assunto: todas as regras do plano de saúde definidas na Cláusula 11 do Acordo Coletivo de Trabalho estão mantidas.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em MS não aderiu ao movimento, assim como os de São Paulo e Rio de Janeiro, uma vez que participam da Mesa Nacional de Negociação Permanente, com reuniões mensais com a empresa.

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