O juiz Odilon de Oliveira, da 3ª Vara Federal de Campo Grande concedeu nesta sexta-feira (15), o pedido de liberdade provisória para a ex-funcionária do Ministério da Saúde Roberlayne Patrícia Alves, de 28 anos, presa em flagrante no dia 16 de junho após desembarcar em Campo Grande. A defesa de Roberlayne fez o pedido à Justiça no mesmo mês em que a mulher foi presa.

Roberlayne trabalhava há três anos no Ministério da Saúde e é suspeita de ter pedido ao presidente do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, Carlos Coimbra propina no valor de R$ 150 mil. A mulher pretendia negociar os recursos federais que o presidente solicitou em Brasília.

Coimbra explicou que seria liberado R$ 1 milhão para a compra de equipamentos e Roberlayne cobrou propina de R$ 50 mil para liberar. Já com relação ao recurso para um acelerador linear, no valor de R$ 3.6 milhões, ela pediu R$ 100 mil.

A ex-funcionária foi detida pela Polícia Federal quando veio à Capital, para “buscar” parte da propina. Foi marcada uma reunião entre o diretor do Hospiral e ela, em uma das salas da unidade. A Polícia Federal ficou em outra sala monitorando. Carlos Coimbra emitiu quatro cheques no valor de R$ 10 mil e três no valor de 20 mil. Quando a mulher pegou o cheque, foi caracterizado o flagrante.

Ao ser presa, a mulher negou a participação de outras pessoas no esquema, porém o ex-namorado e o ex-sogro da funcionária são investigados. A quantia depositada por Coimbra caiu na conta do ex-sogro dela.