Funcionária que cobrou R$ 150 mil em propina do Hospital do Câncer deve ser demitida
O Ministério da Saúde vai abrir uma sindicância e pedir o afastamento da funcionária comissionada, presa pela Polícia Federal, após pedir propina ao diretor do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande. A informação foi divulgada pela delegada da Polícia Federal Kelly Bernado Trindade, em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (18). A funcionária de […]
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O Ministério da Saúde vai abrir uma sindicância e pedir o afastamento da funcionária comissionada, presa pela Polícia Federal, após pedir propina ao diretor do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande. A informação foi divulgada pela delegada da Polícia Federal Kelly Bernado Trindade, em uma entrevista coletiva nesta quarta-feira (18).
A funcionária de 28 anos, não teve o nome divulgado e trabalhava há três anos no Ministério da Saúde, em um cargo comissionado. Ela está presa provisoriamente em uma das celas da Polícia Federal, na Capital. Segundo a delegada, o crime é passível de fiança.
Propina
O diretor do Hospital de Câncer Alfredo Abrão, Carlos Alberto Coimbra, disse durante a entrevista coletiva, que foi à Brasília para agilizar a liberação de emendas federais, as quais o hospital já estava apto a receber. Ele foi abordado pela funcionária do Ministério da Saúde que afirmou serem necessárias ‘consultorias’ para que as emendas fossem autorizadas.
Com relação às emendas, Coimbra explicou que seria liberado R$ 1 milhão em recursos federais para compra de equipamentos e que a funcionária cobrou propina de R$ 50 mil para liberar. Já com relação ao recurso para um acelerador linear, no valor de R$ 3.6 milhões, ela cobrou R$ 100 mil em propina.
Após o pedido de propina, o diretor do hospital voltou a Campo Grande no dia 15 de maio e conversou sobre como proceder, com o irmão, o juiz Alberto Coimbra Neto, da 2ª Vara da Execução Penal e com a promotora Paula Volpe, titular da 49ª Promotoria de Justiça, que compete exercer todas as funções do Ministério Público relativas às fundações e outras entidades do Terceiro Setor. Os dois orientaram que ele procurasse à Polícia Federal.
“Eu não sabia se ela fazia parte de uma quadrilha ou qualquer coisa sobre ela. É claro que a gente fica com medo, mas a polícia me garantiu todo o apoio e passou tranquilidade para desmantelar esse crime”, afirmou.
Coimbra ainda garantiu que o hospital possuía todos os requisitos para receber os recursos sem precisar da intervenção da funcionária. Ele disse ainda acreditar que o Ministério da Saúde terá interesse em liberar os recursos, pois o hospital contribuiu para desmantelar o esquema.
Esquema
A delegada da Polícia Federal explicou que a conta do diretor de Coimbra foi monitorada pelos policiais. Ele depositou R$ 50 mil em dinheiro próprio na conta indicada pela mulher para descobrir em que conta o dinheiro iria parar e saber se outras pessoas participavam do crime.
O flagrante aconteceu quando a funcionária veio a Campo Grande para receber o restante do dinheiro. Foi marcada uma reunião entre o diretor do hospital e ela, em uma das salas do hospital. A Polícia Federal ficou em outra sala monitorado. O diretor do hospital emitiu quatro cheques no valor de R$ 10 mil e três no valor de 20 mil. Quando a mulher pegou o cheque, foi caracterizado o flagrante.
Ao ser presa, a mulher negou a participação de outras pessoas no esquema, porém o ex-namorado e o ex-sogro da funcionária são investigados. A quantia depositada por Coimbra caiu na conta do ex-sogro dela.
Conforme a Polícia Federal, as investigações continuam e mais informações não podem ser divulgadas para não atrapalhar as apurações.
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