Os combates entre grupos jihadistas e o Exército do Líbano no Nordeste do país recomeçaram nesta quarta-feira, o que significou o fracasso da trégua humanitária de 24 horas estipulada ontem, informou a ANN (Agência Nacional de Notícias).

A agência afirmou que os responsáveis pelo fracasso foram os jihadistas, que cometeram ontem à noite vários ataques contra posições militares, o que provocou a retomada dos enfrentamentos em Wadi al-Raayan e Ain Ata.

A imprensa local atribui o fracasso do cessar-fogo, que tinha entrado em vigor às 19h15 local(13h15 de Brasília) e durou apenas algumas horas, a divergências entre os grupos extremistas.

Segundo alguns meios de comunicação, milícias como a Frente al Nusra, braço sírio da Al Qaeda, mostram-se mais flexíveis do que o jihadista Estado Islâmico (EI), que até mesmo impede os moradores da cidade de Arsal a deixar a cidade, mantendo-os como reféns no interior de suas casas.

Ontem, três membros da polícia foram libertados e entregues ao serviço de inteligência em Ras Baalbeck, no vale do Bekaa, de acordo com a mediação iniciada por uma delegação do Conselho de Ulemás.

Os enfrentamentos na região de Arsal, na fronteira com a Síria, começaram no sábado passado após a detenção de Amre Ahmad Jomaa, um jihadista apresentado como membro do Frente al Nusra, embora outras informações indicam que ele pertence ao EI.

Desde o início dos combates, pelo menos 16 soldados morreram, 86 ficaram feridos e 22 foram capturados.