Forças pró-governo da Ucrânia retomaram o controle da cidade portuária de Mariupol das mãos de separatistas pró-Rússia, após pesados confrontos nesta sexta-feira (13), e disseram ter se apoderado de uma extensa faixa do território na fronteira com a Rússia.

Os avanços representam uma vitória expressiva para o governo central, pró-europeu, em sua operação militar para esmagar a rebelião separatista iniciada no leste da Ucrânia em abril e manter unido o país, de 45 milhões de habitantes.

“Às 10h34 (4h34 no horário de Brasília) a bandeira ucraniana foi içada na Prefeitura em Mariupol”, disse o ministro do Interior, Arsen Avakov, no Facebook, menos de seis horas depois do início da investida contra a cidade de 500 mil habitantes, que é o maior porto ucraniano no Mar de Azov.

Pelo menos cinco separatistas e dois militares ucranianos foram mortos na batalha ocorrida antes da fuga dos rebeldes.

O presidente ucraniano pediu ao governador da região de Donetsk, Serguii Taruta, que instale provisoriamente em Mariupol a sede da administração regional.

Atualmente a sede do poder regional em Donetsk está ocupada pelos separatistas pró-Rússia.

O ministério da Defesa de Kiev anunciou “combates violentos” na quinta-feira (12) na fronteira com a Rússia, perto das localidades de Snijne e Stepanivka, na região de Donetsk, onde o exército destruiu um comboio que transportava armas de fabricação russa.

Mariupol, que mudou várias vezes de mãos ao longo do conflito, é estrategicamente importante porque ali passam muitas estradas na fronteira sul com a Rússia, as quais conduzem ao restante da Ucrânia, e aço é exportado por seu porto.