FMI reduz para 0,3% estimativa de crescimento do Brasil em 2014

O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu mais uma vez a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano. A estimativa para o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) caiu 1 ponto percentual, reposicionando para 0,3% a previsão divulgada em julho, de 1,3%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos […]

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O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu mais uma vez a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano. A estimativa para o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) caiu 1 ponto percentual, reposicionando para 0,3% a previsão divulgada em julho, de 1,3%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante o ano.

Este resultado será o pior desempenho da economia brasileira desde 2009, quando o PIB caiu 0,3%. Além da queda ocorrida há cinco anos, reflexo dos desdobramentos da crise econômica mundial, outros resultados insatisfatórios ocorreram em 1999, quando a economia brasileira cresceu 0,3% e, em 1998, quando o PIB do país ficou estagnado.

Para 2015, a projeção do FMI para a economia brasileira é 1,4%, com redução de 0,6 ponto percentual em relação à estimativa de julho. Já a projeção para o crescimento da economia mundial é 3,3%, este ano, e 3,8%, em 2015. As novas projeções fazem parte da publicação Perspectiva Econômica Mundial (World Economic Outlook, no título em inglês), divulgada nesta terça-feira (7).

De acordo com a publicação, a perda de competitividade brasileira, a baixa confiança dos empresários e condições financeiras mais restritivas (com aumento das taxas de juros até abril de 2014) restringiram investimentos, e a moderação no emprego e o crescimento do crédito pesou sobre o consumo.

A atividade moderada da economia prevista para 2015, com crescimento de 1,4%, se deve à incerteza política em torno das eleições presidenciais deste ano, segundo o FMI.

Em relação à inflação no Brasil, o fundo diz que o aumento de preços deve se manter na parte superior da meta oficial, refletindo as restrições de oferta obrigatória e a pressão acumulada dos preços administrados. A meta de inflação tem como centro 4,5% e limite superior, 6,5%. A projeção do FMI é que a inflação fique em 6,3%, este ano, e em 5,9%, em 2015.

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