Os dois filhotes de onça-pintada resgatados em Corumbá, na região do Pantanal, devem permanecer no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, por até oito meses até serem reconduzidos à natureza. Os animais chegaram na noite do último sábado (7) e estão sob observação dos veterinários.

Conforme avaliação médica, as duas fêmeas de aproximadamente três meses de idade estão saudáveis e não apresentam ferimentos. Segundo o veterinário do CRAS, Álvaro Cavalcante, os filhotes têm se alimentado com leite e carne, mas estão agitadas. A preocupação dos profissionais é que elas não percam peso.

Biólogos do Centro de Reabilitação já coletaram material dos animais para fazer exame e o próximo passo deve ser levá-los para um recinto mais espaçoso, dentro do CRAS. Uma das fêmeas pesa 10 quilos e a outra 9,5 quilos.

A onça-pintada, assim como a parda, corre risco de extinção e, de acordo com o Coordenador do CRAS, Elson Borges, não é comum receber essa espécie no Centro. Em cinco ano o lugar já acolheu oito onças-pintadas e atualmente 900 animais silvestres são reabilitados no lugar.

Resgate

Além dos dois filhotes, uma onça adulta também foi encontrada em cima de uma árvore. A família de felinos se refugiou no quintal de uma casa localizada no bairro Morro Alto, em Corumbá provavelmente para fugir da cheia do Rio Paraguai.

Policiais Militares Ambientais, Corpo de Bombeiros, equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) e Embrapa Pantanal se empenharam no socorro das onças. Foram aplicados sedativos para capturar os bichos, mas a onça adulta acabou morrendo. O coordenador do CRAS afirmou que a Secretária de Saúde do Estado pedirá um laudo necroscópico para saber as causas da morte do felino.