Famílias da Aldeia de Miranda estão sem água e denunciam problema ao MPF

Índios terenas da Aldeia la Lima, em Miranda – a 203 quilômetros de Campo Grande, denunciam a falta de abastecimento de água potável por causa da alta do nível do Rio Miranda ao ministério Público Federal. De acordo com o cacique João da Silva, a comunidade está revoltada porque o reservatório foi construído muito perto […]

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Índios terenas da Aldeia la Lima, em Miranda – a 203 quilômetros de Campo Grande, denunciam a falta de abastecimento de água potável por causa da alta do nível do Rio Miranda ao ministério Público Federal.

De acordo com o cacique João da Silva, a comunidade está revoltada porque o reservatório foi construído muito perto do rio e toda vez que chove as famílias ficam sem o abastecimento de água na aldeia.

O cacique disse que desde que a obra da estação de água foi concluída em 2010 é que os indígenas sofrem com o problema. Silva disse que toda vez que chove inunda todo o local e eles ficam com o serviço interrompido.

São 365 famílias da comunidade que sofrem com o problema de falta de água nesta segunda-feira (2). “Hoje mesmo estamos sem água tratável porque o nível do rio está alto e como o reservatório é muito perto o serviço fica parado”, afirma.

O cacique disse que já entraram com uma denúncia no Ministério Público Federal, mas até o momento as autoridades não solucionaram o problema. Ele já pediu uma audiência com um responsável da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) para cobrar uma solução, mas a data ainda não foi definida.

Ele disse que sempre que reclama vem uma equipe da Sesai, mas nunca resolvem o problema. O cacique disse que já comunicaram até a Funai (Fundação Nacional do Índio) em Brasília para ver se conseguem colocar um fim na falta de abastecimento.

Agora, de acordo com o cacique, a comunidade exige que a estação de tratamento de água seja construída em outro local. “Queremos a mudança da obra porque sempre veem aqui, mas não solucionam nada. Então agora queremos que mudem para outro lugar para evitar a falta de água”, conclui.

O cacique disse também caso não consigam marcar a audiência com a Sesai serão obrigados a tomar outras medidas.

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