Família faz peregrinação para descobrir doença de criança de um ano e meio na Capital

Nove receitas com medicações diferentes e, pelo menos, seis pedidos de exames. Esses são os números de solicitações feitas por médicos a uma avó que leva seu neto de um ano e cinco meses há, pelo menos, quatro meses a unidades de saúde de Campo Grande (MS). Leonil Moraes Rondon, avó do menino, contou ao […]

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Nove receitas com medicações diferentes e, pelo menos, seis pedidos de exames. Esses são os números de solicitações feitas por médicos a uma avó que leva seu neto de um ano e cinco meses há, pelo menos, quatro meses a unidades de saúde de Campo Grande (MS).

Leonil Moraes Rondon, avó do menino, contou ao Midiamax que a situação começou quando o neto apresentou febre, barriga inchada e vômito, em janeiro de 2014. O menino foi levado para o Hospital Regional de Campo Grande, onde foi diagnosticada infecção urinária. “Lá ele ficou internado por dois dias pela infecção urinária, mas outro exame apontou uma infecção no sangue também”, afirmou.

De janeiro até o começo deste mês, Leonil já levou seu neto, que apresenta os mesmos sintomas, desde então, 15 vezes somente na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Almeida e quatro vezes no posto de saúde da Coopavila 2. A cada ida aos postos de saúde, Leonil conta que traz uma receita diferente de antibióticos com valores que variam de R$ 47 a R$ 67. “Os médicos não esclarecem qual bactéria, o que ele tem e qual o melhor tratamento, só passam receitas. Até agora não tive esclarecimento”, desabafa.

Segundo a avó, nenhum médico que atendeu a criança até agora especificou qual seria o tipo da infecção. “Todas as vezes que levo meu neto no posto, o médico que atende não especifica qual infecção meu neto tem e passa outra receita com antibióticos diferentes”, reclama.

Somente em uma das últimas idas à UPA da Vila Almeida, o médico lhe disse que, pelos sintomas apresentados, o menino pode estar com leishmaniose ou leucemia. “O que nos preocupa ainda mais. Estamos muito assustados, pois são doenças graves”. Até agora, a criança já passou por, pelo menos, 10 exames de sangue, além de exames de raios X, ultrassom e exame de urina.

Após recomendação, a avó pediu encaminhamento e o menino será atendido em 20 de maio no Hospital Dia, centro que trata de doenças infectoparasitárias em Campo Grande. “Não foi nem o médico que disse. Uma amiga minha falou que esse hospital é bom e, por isso, pedi um encaminhamento. Quero uma solução”, finaliza.

Sesau

Sobre o caso, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por meio de sua assessoria de comunicação, disse que provavelmente a criança está sendo atendida por médicos diferentes, o que dificulta o diagnóstico e tratamento. Nestes casos, a orientação é marcar consulta direto nas unidades básicas de saúde. “Nas UBSs o médico é sempre o mesmo e pode realizar o acompanhamento do paciente e assim oferecer um diagnóstico completo”.

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