Quer você seja novo ao Twitter ou um profissional experiente, o anúncio feito nesta semana de que a rede social vai adotar um novo visual foi um lembrete de que você precisa fazer o máximo possível para ampliar seu número de seguidores e mantê-los fisgados.

O sucesso é tão valorizado que existem pessoas que atualmente ganham a vida ensinando como ser popular na rede social.

Nick Taylor é um desses profissionais. Sua companhia, PeerIndex, é uma empresa que coleta dados sobre milhões de tuítes por semana, de modo a dar conselhos a seus clientes sobre o que melhor funciona.

Ele destaca que o importante é começar com o básico. Pare para pensar na imagem que irá ilustrar seu perfil e a descrição que a acompanha, antes que você comece a tuitar.

“Escolha algo pessoal que diga alguma coisa a seu respeito. Lembre-se que sua imagem de perfil é bem pequena, portanto, uma imagem completa de seu rosto será mais fácil de visualizar do que uma foto de corpo inteiro”, afirma Taylor.

Perfil esperto

“Ao escrever seu perfil, tente contar às pessoas o tipo de coisas sobre as quais você tuíta. Assim, elas podem decidir segui-lo baseado nos interesses que compartilham com você.”

O novo modelo do Twitter permite que você coloque um banner, ao estilo do Facebook, no topo de sua página, portanto vale à pena pensar se você quer ou colocar uma imagem sua, mas de tamanho maior ou então outra foto que informe os visitantes sobre seus interesses.

David Schneider, um ator que trabalhou em Missão Impossível e que atualmente usa o seu talento cômico para auxiliar empresas e marcas a ampliar seus perfis no Twitter, afirma que “seus tuítes perfeitos terão que ter ao menos um destes elementos; informações, perspectiva e humor”.

“Se eles contarem com todos os três, terão imenso potencial de compartilhamento”, acrescenta o titular da empresa com sua empresa ThatLot. Ele acrescenta ainda que é importante acertar o tom, porque tuiteiros bem-sucedidos normalmente soam como se estivessem enviando uma mensagem para um amigo.

Seu colega David Levin oferece uma série de dicas sobre o que se deve e não se deve fazer:

Seja breve, não se sinta forçado a usar todos os 140 caracteres a não ser que você precise.

Pesquisas mostram que seguirores preferem tuítes curtos.

Mantenha o fluxo. Crie práticas recorrentes (sejam elas um quiz semanal, uma entrevista mensal ou uma promoção às sextas.

Lembre-se que começar um tuíte com @ significa que ele só poderá ser visto por aquela pessoa e por seus seguidores mútuos.

Não #abuse de hashtags. Elas são importantes se usadas corretamente, mas #inúteis e #despropositadas se #usadas em #excesso.

As boas maneiras do Twitter sugerem que você também deve seguir e retuitar os outros, mas não é algo necessariamente obrigatório.

Uma falsa conta da rainha Elizabeth, da Inglaterra, @Queen_UK conta com mais de um 1 milhão de seguidores, sem seguir ninguém.

“Sou uma líder, não uma seguidora”, explica “a rainha”, na conta @Queen_UK.

Mas quando se segue alguém, é preciso ter alguns critérios. “O ato de seguir alguém que passou a te seguir pode ser meio que um jogo e não é essa a ideia”, comenta Nick Taylor.

“Você só deve seguir alguém se está interessado no que eles tuítam. Alguns usuários poderão deixar de seguir você caso você não os siga de volta após algum tempo, mas será que esses seriam os seguidores que você quer de verdade?”, indaga.

Outra regra de boas maneiras, afirma Taylor, se refere ao uso do nome de outro usuário. “Se você está falando de alguém, especialmente se você tem algo de ruim a dizer sobre a pessoa, mencione-os usando o nome de suas contas, com o símbolo @. É falta de educação falar de alguém pelas suas costas.”

Marca dos mil

Ainda que superar a marca dos mil seguidores possa ser um sinal de que você está fazendo alguma coisa certa, um especialista sugere que você não se deve se fixar demasiadamente em seu número de seguidores.

Meeyoung Cha, do Instituto de Ciência Avançada da Coreia, realizou uma pesquisa utilizando softwares que estudaram os três primeiros anos dos posts públicos de Twitter – um total de quase 2 bilhões de tuítes.

“Nosso trabalho é sobre como indivíduos, companhias e celebridades exploram a mídia social para ampliar sua influência”, afirma.

“O que descobrimos é que cada seguidor não equivale a influência. Na verdade, esse é um mau indicador. Chegamos à essa conclusão após ver que aqueles que contam com o maior número de seguidores não possuem o mesmo grau de interação com a audiência, como retuítes e menções.

“São necessárias outras qualidades para fazer com que alguém dê um retuíte em uma mensagem ou que você seja envolvido em conversas, que falem a seu respeito.”

Suas habilidade com o Twitter podem ser importantes, mas elas só o ajudam até certo ponto. No final das contas, é como você administra o resto de seu tempo que irá determinar seu verdadeiro status social.