O chefe da seção de comunicação social do Comando Militar do Oeste, coronel Barbosa, desmentiu as acusações feitas por ambientalistas de Campo Grande quanto à área desmatada que fica localizada atrás do cemitério Santo Amaro. O coronel explicou que a escolha do local para sediar o 9º Batalhão de Comunicações foi baseada na sustentabilidade, já que o Becom irá aproveitar as estruturas do Colégio Militar e do 20º Regimento de Cavalaria Blindada do Exército.

“Quem está à frente das obras do 9º Batalhão de Comunicações é o 3º Grupamento de Engenharia do CMO, que contratou uma empresa para ser a responsável pelas obras. Outra firma foi contratada, também por meio de licitação, para fazer um estudo ambiental e logo minimizar ao máximo problemas com a fauna e a cobertura vegetal daquela área”, revela o coronel.

Barbosa ainda rebate as acusações de ambientalistas que afirma que o Exército não teria licenciamento ambiental para desmatar aquela área. “Nós consultamos tanto órgãos municipais e estaduais quanto a realização deste procedimento, tanto é que quem indicou que teríamos que fazer o pedido junto ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) foi a própria Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano)”, explica o chefe de comunicação social do CMO.

Segundo o Exército, a área total que engloba o Círculo Militar, o 20º Regimento de Cavalaria Blindada e a vila militar tem 360 hectares, sendo que desse total o órgão teve autorização cedida pelo Ibama para retirar 21,5 hectares de cobertura vegetal. Desses 21,5 hectares, foram retirados 17 hectares de vegetação.

“Pulmão” de Campo Grande

O coronel Barbosa ainda respondeu as críticas feitas em relação à cidade perder o seu “pulmão” por causa desse desmatamento. “Isso não existe. Aquela área só é preservada porque está dentro de uma área militar, se estivesse fora pode ter certeza que muita coisa já teria sido afetada”, afirmou o coronel.

9º Batalhão de Comunicações

O 9º Batalhão de Comunicações, o Becom, tem previsão para ser entregue no segundo semestre de 2018. Porém o Exército planeja ter pronto no segundo semestre de 2016 a construção do comando e o pavilhão administrativo. A principal função do Becom será integrar e centralizar as operações do Sisfron (Sistema Integrado de Vigilância e Monitoramento da Fronteira).

De acordo com o coronel Barbosa, dos 17 hectares que foram limpos, 10 serão utilizados para a construção da estrutura do prédio e para a implementação de asfalto entre outras coisas. Além disso, serão replantadas árvores e grama para que o impacto ambiental seja o menor possível.

“O que muita gente não sabe é que esta não é uma área de preservação ambiental. Ela é uma ZEIA (Zona de Especial Interesse Ambiental), mas mesmo assim o Exército tomou todas as medidas de preservação como se aquele terreno fosse área de preservação ambiental”, ressalta.