EUA precisam de até 15 mil homens para vencer Estado Islâmico na Síria
O chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, general Martin Dempsey, disse que é necessária uma força rebelde síria composta de 12 mil a 15 mil homens para derrotar os combatentes do EI (Estado Islâmico) no Leste da Síria. O número é três vezes maior do que os 5 mil recrutas que […]
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O chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, general Martin Dempsey, disse que é necessária uma força rebelde síria composta de 12 mil a 15 mil homens para derrotar os combatentes do EI (Estado Islâmico) no Leste da Síria. O número é três vezes maior do que os 5 mil recrutas que devem ser treinados por instrutores norte-americanos.
Essa foi a primeira vez que o governo dos EUA estimou um número sobre o efetivo necessário para expulsar os extremistas do EI. “Fizemos cálculos e entre 12 mil e 15 mil é o que consideramos que será necessário para que eles retomem o território perdido no Leste da Síria”, disse Dempsey em coletiva de imprensa ontem (26) no Pentágono. O general disse que a formação de uma força rebelde viável no local será essencial para expulsar o grupo radical do território sírio, o que exigirá tempo e paciência.
Dempsey ressaltou que é preciso mais que força aérea para derrotar o Estado Islâmico e indicou a “oposição síria moderada” como o melhor caminho para alcançar sucesso na operação. “Temos de fazer isto bem, não depressa”, destacou. O plano do presidente Barack Obama para treinar e equipar 5 mil rebeldes “moderados” foi aprovado na semana passada pelo Congresso dos EUA. A Arábia Saudita se ofereceu para acolher o treinamento em seu território.
Os deputados britânicos também aprovaram nesta sexta-feira a participação do Reino Unido nos ataques aéreos da coligação liderada pelos EUA contra as bases do EI. A moção apresentada pelo primeiro-ministro David Cameron foi aprovada com 524 votos a favor e 43, contra. O texto autoriza “o recurso a ataques aéreos” dentro do apoio pedido pelo governo iraquiano e garante que o Reino Unido não enviará nenhum soldado para as zonas de combate. Líder do principal partido da oposição, Ed Miliband apoiou a decisão dizendo que a falta de ação levaria apenas a mais massacres no Iraque.
Hoje, os parlamentos da Bélgica e da Dinamarca também aprovaram a participação nos ataques aéreos contra o EI. Mais cedo, em uma reunião com o primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, à margem da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que seu país está pronto para apoiar nos esforços iraquianos contra a ameaça terrorista, principalmente a do Estado Islâmico (EI).
No dia com mais adesões à coligação para o combate ao grupo, o Estado Islâmico também teve de interromper a extração de petróleo dos campos situados na província de Deir Ezzor, no Leste da Síria. A interrupção foi causada por causa de diversos ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos em diversas refinarias. O petróleo de refinarias tomadas pelo EI é uma das principais fontes de financiamento das atividades do grupo, entre outras pouco conhecidas, como doações originárias de alguns países árabes.
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