No VIII Encontro Regional do Pensando MS, em Três Lagoas, o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB) disse ser necessário recolocar Mato Grosso do Sul no rumo do desenvolvimento. “36 anos atrás, MS era a grande promessa de desenvolvimento. Éramos o irmão rico e o norte (hoje Mato Grosso), o irmão pobre. Hoje, temos o pior PIB da região Centro-Oeste. Se não fizermos nosso papel, se não tivermos um planejamento estratégico responsável, daqui a 30 anos podemos piorar”, lamentou Reinaldo. “Esse sonho depende de cada um de nós para acontecer”.
Reinaldo destacou que o PSDB criou o Pensando MS com o objetivo de construir um planejamento para Mato Grosso do Sul com base nas prioridades elencadas pela população. “Criamos o Pensando MS para ouvir as pessoas, para debater, construir um planejamento estratégico, transformar este Estado. Mato Grosso do Sul precisa retomar o rumo do desenvolvimento, sem deixar nenhuma região para trás.”
Potenciais
Reinaldo citou os potenciais da região de Três Lagoas. “Temos gente trabalhadora, terras férteis e clima favorável. Mesmo assim, importamos do Paraná e de São Paulo a maior parte dos hortifrutigranjeiros que consumimos. Isso quer dizer que estamos gerando empregos e riqueza nos estados vizinhos”, disse.
O tucano defendeu a implantação de computadores em assentamentos, para levar informação e novas tecnologias ao pequeno produtor, falou da dívida da Educação com as crianças e adolescentes que vivem na zona rural, destacou a necessidade de qualificar a mão de obra local.
Conforme o deputado, muitos municípios da região sofrem com o desemprego. “Vem indústrias para Três Lagoas, mas os postos de trabalho com salários mais altos são preenchidos com pessoas de fora do Estado. E fica para os moradores os empregos com salários menores. Não queremos isso. Precisamos de qualificação profissional para ocupar essas vagas e distribuir a riqueza ente a nossa gente”.
Outro item foi a necessidade de reformular a política tributária no Estado, “Estamos perdendo competitividade por falta de visão dos governantes. Se reduzirmos a carga tributária, o consumo vai aumentar, não vamos perder receita. Temos o exemplo de São Paulo, que um ano depois de reduzir a alíquota de vários produtos, viu aumentar a arrecadação de ICMS desses mesmos produtos. Diminuiu a
sonegação e aumentaram as vendas”.