Espanhóis negam decadência e falam em dar “aula de futebol”

A Espanha vem vivendo dias bastante incomuns para uma geração que se acostumou a ganhar praticamente tudo nos últimos seis anos. Após a derrota por 5 a 1 na estreia da Copa do Mundo para a Holanda, na última sexta-feira, não foram poucos os questionamentos sobre motivação, estado físico e até o estilo de jogo […]

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A Espanha vem vivendo dias bastante incomuns para uma geração que se acostumou a ganhar praticamente tudo nos últimos seis anos. Após a derrota por 5 a 1 na estreia da Copa do Mundo para a Holanda, na última sexta-feira, não foram poucos os questionamentos sobre motivação, estado físico e até o estilo de jogo que levou este time a ser bicampeão europeu e campeão mundial. Porém, o termo “fim de ciclo” não cai bem com os jogadores da seleção.

“Não se pode dar essa geração por terminada”, disse o volante Xabi Alonso, confiante em uma vitória sobre o Chile na segunda rodada. “Ainda temos vida, queremos mostrar que temos muita coisa a dizer, ainda podemos competir. Você vê, apesar do mau resultado contra a Holanda, saímos vencendo por 1 a 0. E na quarta-feira temos que jogar no máximo nível, com uma grande intensidade, e saber que faremos danos a eles (chilenos)”.

Outro que trocou o abatimento pela confiança em uma volta por cima foi o meia Fabregas, que tem boas chances de ganhar uma vaga de titular após o desastre da estreia. Para o jogador que acaba de trocar o Barcelona pelo Chelsea, nada impede que a Espanha tenha uma atuação fantástica e goleie o Chile no Maracanã.

“Não vejo por que não podemos ter um grande jogo contra o Chile e dar uma aula de futebol, como sabemos”, disse o camisa 10. “Temos coragem, todos aqui dão a cara. Esse é um dos momentos mais complicados que estamos vivendo nos últimos seis anos, mas confiamos muito neste time e sabemos o que temos que fazer. Vamos dar tudo para conseguir os seis pontos e passar (de fase)”.

Enquanto o jogo não chega, a Espanha segue sua concentração em Curitiba. O time de Vicente del Bosque faz ainda mais dois treinos no CT do Caju, um aberto e outro fechado, antes de viajar para o Rio de Janeiro. Para Fabregas, a espera pela partida contra os chilenos é angustiante, mas será útil para que a equipe trabalhe e não repita os erros defensivos mostrados contra a Holanda.

“Sempre é bom ter um tempo para analisar os erros cometidos, para que não voltem a acontecer. Mas para nossas cabeças, queremos jogar o antes possível. No futebol, temos a sorte de a cada três ou quatro dias ter uma partida. Se sai um mau resultado, sempre existe a condição de voltar a colocar tudo em seu lugar”, decretou.

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