A Espanha aprovará um plano de 8,6 bilhões de dólares na próxima semana para criar empregos muito necessários e vai cortar o principal imposto corporativo para 25 por cento, ante 30 por cento, visando tornar as empresas mais competitivas, disse o primeiro-ministro Mariano Rajoy neste sábado.

Cerca de um em cada quatro trabalhadores em Espanha está desempregado, com a taxa de desemprego subindo para mais de 50 por cento das pessoas com idade de 25 ou menos.

O anúncio sobre o imposto vem após o Fundo Monetário Internacional pedir esta semana que a Espanha aumente as receitas fiscais para proteger seus serviços públicos e fazer mais esforços para reduzir o seu déficit orçamentário para assegurar uma recuperação econômica duradoura.

O pacote de postos de trabalho deverá ser aprovado pelo governo na próxima sexta-feira e vai incluir crédito a pequenas e médias empresas e investimentos em pesquisa e desenvolvimento, economia de energia, transportes e produção industrial, disse Rajoy em um evento em Sitges, no norte Espanha, transmitido pela televisão espanhola.

“A ideia geral é cortar impostos. Queremos que as famílias tenham mais dinheiro em suas mãos, aumentem o consumo, queremos aumentar a competitividade de toda a economia, acelerar economias e contribuir para a criação de empregos”, disse Rajoy.

O governo já aprovou no início deste ano um corte nas contribuições para a segurança social para as empresas que criam postos de trabalho, e Rajoy disse que a reforma incluiria também um corte no imposto de renda para os contribuintes de renda média e baixa.