Escola e família de aluno agredido desmentem versão de mãe de agressor

A escola particular onde um pai de aluno agrediu um menino de 11 anos alegou que a versão da mãe do agressor, de que o garoto espancado que teria pegado, em outra situação, uma faca na cozinha após uma discussão com o colega de classe. Segundo a diretora da escola, que preferiu não se identificar, […]

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A escola particular onde um pai de aluno agrediu um menino de 11 anos alegou que a versão da mãe do agressor, de que o garoto espancado que teria pegado, em outra situação, uma faca na cozinha após uma discussão com o colega de classe.

Segundo a diretora da escola, que preferiu não se identificar, a cozinha é um ambienta trancado em que apenas funcionários têm acesso. “Isso não existiu. Teve apenas uma briga entre duas crianças de 11 anos, algo cotidiano para quem tem filhos e que foi resolvida. As crianças nunca chegaram a pegar nenhuma faca, elas sequer almoçam aqui, já que estudam no período vespertino”, alegou a diretora.

Quem também entrou em contato com a redação do Midiamax, foi a mãe do menino agredido, que da mesma forma julgou a versão da avó como mentirosa. “Ela quer justificar o que o filho dela fez, que foi algo injustificável. Ela está denegrindo a imagem de uma criança para proteger ele, mas ele vai responder pelo que fez e na Justiça eu vou provar que é mentira”, ressaltou a médica veterinária.

A mãe do agressor e avó do menino que supostamente mantinha brigas e discussões com o garoto agredido, disso na manhã desta quarta-feira (7) ao Midiamax que o menino já havia agredido seu neto por três vezes.

“Na última, depois de agredir o meu neto ele foi para a cozinha da escola, pegou uma faca e disse que ia se matar. Por causa disso, ele foi expulso. Depois de um mês, acredito que por não ter encontrado vaga em outra escola, a mãe conseguiu que ele voltasse para o colégio”, conta a avó do garoto ‘vingado’ pelo pai.

Entenda o caso

Após briga entre crianças, o pai, de 36 anos, entrou na escola para levar o filho até a sala de aula. Ao chegar na sala de aula teria dados tapas no rosto de um colega de sala do seu filho, outra criança de 11 anos, e tentado o arrastar para fora da sala, deslocando seu braço.

O garoto agredido correu para a sala da diretora, que confirmou que se trancou no local com a criança na intenção de acalmá-la. A escola explicou que qualquer pai tem acesso ao ambiente escolar e por isso o agressor teria entrado livremente, justificando que falaria com a professora, porém que não se poderia prever as supostas agressões.

A criança passou esta tarde por exame de corpo de delito e se comprovada as agressões o pai poderá passar até cinco anos preso. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Proteção a Criança e Adolescente (DPCA).

*O dos familiares não foram divulgados pelo Midiamax para preservar as identidades das crianças, conforme preconiza o Estatuto da Criança e do Adolescente.

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