O escândalo sobre a transferência de Neymar para o Barcelona, que causou até a renúncia do presidente do clube catalão, Sandro Rosell, derrubou o interesse de empresas em patrocinar o atacante brasileiro, informou nesta quarta-feira o jornal espanhol Marca.

A reportagem afirma que grandes empresas não querem vincular suas marcas a uma pessoa que pode ser vista com receio no mercado mundial, por causa das suspeitas de fraude fiscal na movimentação do dinheiro da compra de Neymar pelo Barcelona em maio do ano passado.

Apesar disso, nenhum dos atuais 11 patrocinadores do craque brasileiro rescindiu o contrato. Segundo o Marca, a gestão de imagem do jogador estimaria que Neymar recebe o equivalente a R$ 114 milhões por ano.

A crise da negociação de Neymar com o Barcelona surgiu após de um sócio da equipe catalã, que afirmou que Rosell mentiu sobre os valores pagos pelo passe do atacante.

O Santos dizia ter recebido 17 milhões de euros (R$ 55 milhões) do Barça, mas o pai do jogador revelou na semana passada que recebeu 40 milhões de euros (R$ 130 mi) do clube espanhol.

Após a renúncia de Rosell, o Barcelona apresentou sua versão e disse que o negócio custou um total de 86,2 milhões de euros (cerca de R$ 286 milhões).

Além do valor, ainda há uma polêmica sobre a data do pagamento. Barcelona e a N&N, empresa criada pelo pai de Neymar para cuidar da carreira do jogador, acertaram ainda em 2011, movimentação chamada por ele de “adiantamento”. A questão seria sobre a validade do acordo, que poderia configurar pré-contrato. Pelas regras da Fifa, esse tipo de acerto só pode ser feito com seis meses de antecedência ao fim do contrato de um jogador com seu clube.