Empresário denuncia a precariedade da coleta de lixo e riscos dos trabalhadores em Nova Andradina

Empresário denuncia as péssimas condições da coleta de lixo em Nova Andradina – a 297 quilômetros de Campo Grande. Os garis são obrigados a trabalhar em caminhões não apropriados e entupidos com lixo que mal sobra espaço para o transporte dos funcionários. De acordo com Edilson Gonçalves Dias, 44 anos, empresário, diante da situação da […]

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Empresário denuncia as péssimas condições da coleta de lixo em Nova Andradina – a 297 quilômetros de Campo Grande. Os garis são obrigados a trabalhar em caminhões não apropriados e entupidos com lixo que mal sobra espaço para o transporte dos funcionários.

De acordo com Edilson Gonçalves Dias, 44 anos, empresário, diante da situação da categoria resolveu entrar com uma denúncia na Promotoria de Justiça, no Detran para que os veículos sejam vistoriados e registrou um boletim de ocorrência na Polícia Militar contra a prefeitura.

A denúncia consta ainda outras irregularidades que seriam cometidas pela administração municipal em relação à coleta de lixo como a falta de veículos apropriados, mau uso do dinheiro público e a falta de mão de obra.

O empresário relata que na última segunda-feira (31), uma das trabalhadoras, de 44 anos, se desequilibrou e caiu do caminhão da coleta seletiva. Ela não usava qualquer equipamento de segurança e o veículo também não oferece nenhum tipo de proteção.

Segundo Dias, atualmente a Prefeitura de Nova Andradina – responsável pela coleta do lixo, disponibiliza dois caminhões. “São apenas dois caminhões para atender quase 50 mil habitantes, isso é um absurdo. Fora a forma que os funcionários são obrigados a trabalhar sem equipamentos de segurança e de forma ilegal, correndo risco de vida”, alega.

O empresário contou que os caminhões trafegam abarrotados com lixo, que pode cair a qualquer momento, podendo causar risco tanto para os pedestres como aos motoristas. “A cena causa indignação ao ver um ser humano trabalhando nessas condições, um absurdo mesmo”, conclui.

Conforme Dias, as pessoas o procuram porque o prefeito não atende as solicitações e, como ele concorreu para vice-prefeito pelo PT nas eleições municipais de 2012, a população pede ajuda a ele.

Versão da prefeitura

De acordo com o prefeito Roberto Hashioka, o problema existe com a coleta de lixo, mas que está tentando resolver a situação. Hashioka disse que o maior problema são os caminhões que não são apropriados para realizar o serviço.

O prefeito Hashioka também disse que a administração municipal está aguardando a liberação de R$ 220 mil da Funasa (Fundo Nacional da Saúde) para a aquisição de outro veículo. Ele contou que já entrou também com um pedido no Ministério Público para ceder caminhões apreendidos para uso na coleta. “Já enviei o pedido e se eles concederem compramos uma prensa e trocamos os atuais e resolvemos o problema”, conclui.

O prefeito também falou que a falta de pessoal é porque não existem interessados em trabalhar na vaga. Sobre o acidente Hashioka disse que a empresa que faz a coleta seletiva não é contratada pela prefeitura.

E em relação a denúncia, o prefeito explicou que Dias só está fazendo isso porque perdeu nas eleições passadas e quer prejudicar sua administração.

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