A embarcação “Artic Sunrise” do Greenpeace, retida em setembro no mar de Barents com 30 tripulantes da organização a bordo, retornou neste sábado à Holanda, após zarpar de Murmansk há nove dias.

O navio atracará no porto de Amsterdã, perto do escritório do Greenpeace, e ali será restaurado, porque se encontra em más condições após um longo tempo sem manutenção, informou a agência holandesa “ANP”.

Os 30 tripulantes do “Artic Sunrise” foram detidos em águas do Ártico em 19 de setembro pela guarda-costeira russa, quando tentavam subir na plataforma “Prirazlomnaya”, da Gazprom.

Esta, segundo o Greenpeace, descumpre medidas de segurança e ameaça o ecossistema da região.

“Os 30 do Artic”, como são conhecidos pelo Greenpeace, foram acusados de “pirataria”, apesar de depois terem suas acusações rebaixadas a “vandalismo”.

A ação de Moscou causou tensões diplomáticas entre Rússia e Holanda, que foi ao Tribunal Internacional do Direito do Mar, com sede em Hamburgo (Alemanha) para conseguir a libertação dos 28 ativistas, um câmera e um fotógrafo independente.

Em novembro, o tribunal ordenou que a Rússia libertasse o navio do Greenpeace e seus tripulantes assim que a Holanda pagasse uma fiança de 3,6 milhões de euros, uma medida provisória.

A Rússia reiterou então que não reconhecia a jurisdição do Tribunal Internacional do Mar no caso.

Finalmente os ativistas se viram beneficiados pela anistia geral declarada em dezembro pelo parlamento russo com ocasião do 20° aniversário da Constituição.

Os tripulantes do “Arctic Sunrise” procediam da Rússia, EUA, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, , Brasil, República Tcheca, Polônia, , Finlândia, Suécia e França.