O candidato ao governo da Coligação “Novo Tempo”, Reinaldo Azambuja (PSDB), em nota nega a existência de “Caixa 2” na sua campanha que já gastou mais de R$ 11 milhões e disse que a legislação permite transportar até R$ 100 mil ou 2% das despesas em dinheiro, o que totalizaria R$ 220 mil.

“Os recursos de posse dos colaboradores da campanha da Coligação Novo Tempo estão perfeitamente dentro da legitimidade e da legalidade do processo eleitoral e poderiam sim ser transportados. De acordo o Artigo 31, parágrafos 50 e 60, da Resolução 23.406 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), recursos legais de campanha podem ser sacados para o fim de custear as despesas rotativas, podendo ser inclusive transportados em espécie até o limite de R$ 100 mil ou 2% do total dos gastos, com a devida manutenção da documentação comprobatória para posterior prestação de contas”, disse em nota.

A Polícia Civil investiga, desde o dia 30 de agosto, a origem e o destino de pelo menos R$ 47 mil interceptados, pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), em uma caminhonete, na região de São Gabriel do Oeste. Segundo informações, estavam no veículo pessoas que se identificaram como ligadas a Reinaldo. O caso chegou à Justiça Eleitoral na terça-feira (16).

Por causa deste fato, a coligação ‘Mato Grosso do Sul com a força de todos’, do candidato ao governo Delcídio do Amaral (PT), pediu à Justiça Eleitoral a cassação da candidatura de Reinaldo. Além do dinheiro, também foram encontradas planilhas com nomes, valores e números de telefone. Entre os contatos estão lideranças políticas de vários municípios do interior do Estado.

Em relação à ação da coligação petista, o tucano afirmou que o corpo jurídico já está analisando as medidas legais cabíveis.

Reinaldo acusa a coligação petista de querer igualar a disputa eleitoral por baixo. “Ele (Delcídio) age para tentar jogar todos os postulantes na vala comum da corrupção para nivelar a disputa por baixo”, pontuou na nota.