Em meio a crise, presidente da Oi renuncia

O moçambicano Zeinal Bava renunciou nesta terça-feira, 8, ao cargo de presidente da Oi. Ele será substituído interinamente pelo diretor de finanças e relação com investidores, Bayard Gontijo, até que o conselho de administração defina o novo comandante da operadora. Bava foi um dos mentores da fusão entre a empresa e a Portugal Telecom e […]

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O moçambicano Zeinal Bava renunciou nesta terça-feira, 8, ao cargo de presidente da Oi. Ele será substituído interinamente pelo diretor de finanças e relação com investidores, Bayard Gontijo, até que o conselho de administração defina o novo comandante da operadora.

Bava foi um dos mentores da fusão entre a empresa e a Portugal Telecom e vinha enfrentando a pressão de sócios brasileiros desde o começo do ano, quando foi descoberto um empréstimo de R$ 2, 69 bilhões da portuguesa para a Rio Forte, companhia do Grupo Espírito Santo que, por sua vez, também é acionista da Portugal Telecom. A transação não era conhecida dos sócios brasileiros.

O problema maior se deu porque o Grupo Espírito Santo entrou em recuperação judicial, declarando-se incapaz de quitar a dívida. Assim, o valor foi transformado em ações da Oi que ficaram “congeladas” na tesouraria enquanto o débito não for pago. Na prática, os sócios portugueses tiveram sua participação na empresa reduzida de 38% para 21% no capital total.

A situação gerou dificuldade no processo de fusão: uma regra da CVM (Comissão de Valores de Mercado) determina que empresas de capital aberto podem manter até 10% do capital em ações na tesouraria. Com a situação atual, a Oi manteria 17% das ações. Para se concretizar, será necessário o aval da CVM.

Zeinal Bava presidiu a companhia de junho de 2013 a outubro de 2014, sendo o terceiro ocupante do cargo em seis anos. A dívida da Oi chegou a R$ 46 bilhões no segundo trimestre de 2014. A Anatel estuda maneiras de ajudar a operadora a se reerguer.

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