Em livro, Mizael diz que foi vítima de racismo da família de Mércia
O advogado e policial militar reformado Mizael Bispo de Souza, 44 anos, condenado a 20 anos de prisão, em regime fechado, pela morte de sua ex-namorada e também advogada Mércia Nakashima, 28 anos, está escrevendo um livro na cadeia. Preso há um ano na penitenciária militar Romão Gomes, Mizael afirma, na obra, que foi vítima […]
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O advogado e policial militar reformado Mizael Bispo de Souza, 44 anos, condenado a 20 anos de prisão, em regime fechado, pela morte de sua ex-namorada e também advogada Mércia Nakashima, 28 anos, está escrevendo um livro na cadeia. Preso há um ano na penitenciária militar Romão Gomes, Mizael afirma, na obra, que foi vítima de preconceito da família de Mércia. “A diferença a que eles se referiam era o fato de eu ser de cor”, escreveu. As informações são do SBT.
O advogado diz que, no livro, pretende mostrar o verdadeiro Mizael. “Não é aquele Mizael que a mídia colocou. Às vezes as pessoas têm até medo de se aproximar de mim, achando que sou um monstro.” Na obra, ele se apresenta como alguém escolhido para ser bode expiatório e levanta uma hipótese: “Será que Mércia não estava relacionando-se com alguém que preparou-lhe uma armadilha?”
Mizael também agradece por ter a prerrogativa de cabo reformado e poder cumprir pena no presídio militar. “Só quem está preso sabe o que é uma prisão.” O advogado trabalha na lavanderia da penitenciária. Questionado sobre as fugas quando ainda era investigado pelo crime, Mizael se recusou a responder.
O caso
A advogada Mércia Nakashima desapareceu no dia 23 de maio de 2010, após deixar a casa dos avós em Guarulhos, e foi encontrada morta no dia 11 de junho, em uma represa em Nazaré Paulista, no interior de São Paulo. A perícia apontou que ela foi ferida a tiros, mas morreu por afogamento quando seu carro foi empurrado para a água.
Ex-namorado de Mércia, o policial militar reformado e advogado Mizael Bispo de Souza, 43 anos, foi apontado como principal suspeito pelo crime e denunciado por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
A Promotoria também denunciou o vigia Evandro Bezerra Silva, que teria o ajudado a fugir do local. Preso em Sergipe dias depois da morte de Mércia, Evandro afirmou ter ajudado Mizael a fugir, mas alegou posteriormente que foi obrigado a confessar a participação no crime, sob tortura.
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