Em debate feito pela Igreja Católica, só dois candidatos dizem ser a favor do aborto

Dos cinco candidatos que participaram do debate promovido pela Arquidiocese de Campo Grande, na noite desta quinta-feira (18), somente Delcídio do Amaral, do PT, posicionou-se claramente contra a legalização do aborto. Professor Sidney Melo (PSOL) e Professor Monje (PSTU) colocaram-se favoravelmente à descriminalização desta prática, enquanto Nelsinho Trad (PMDB) e Evander Vendr…

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Dos cinco candidatos que participaram do debate promovido pela Arquidiocese de Campo Grande, na noite desta quinta-feira (18), somente Delcídio do Amaral, do PT, posicionou-se claramente contra a legalização do aborto. Professor Sidney Melo (PSOL) e Professor Monje (PSTU) colocaram-se favoravelmente à descriminalização desta prática, enquanto Nelsinho Trad (PMDB) e Evander Vendramini (PP) não citaram diretamente o tema durante suas considerações finais.

O assunto constou em protocolo de intenções apresentado pelo arcebispo de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, no último bloco do debate. “Meu governo será um governo de defesa da vida”, disse Delcídio, que direcionou suas últimas palavras no debate especificamente aos temas do protocolo de intenções, citando ética e transparência como princípios necessários.

Nelsinho Trad, que é médico e no bloco de abertura se posicionou publicamente “contra o aborto, a favor da vida”, não falou diretamente sobre os termos do protocolo durante suas considerações finais. Ateve-se a comentar sua atuação enquanto prefeito de Campo Grande e, em certo momento, disse que levará para seu governo “os princípios cristãos”.

Diante do chefe local da Igreja Católica, Monje e Sidney Melo defenderam abertamente a descriminalização do aborto. Durante suas considerações finais, o candidato do PSTU falou em combater a corrupção, descentralizar o poder, apoiar entidades filantrópicas, sobretaxar grandes empresários e latifundiários, encerrando com a defesa de que o ato de abortar não seja mais considerado crime.

Já Sidney Melo apontou um “assassinato social”, citando mães que morrem em clínicas clandestinas de aborto. Por isso, defende que a prática seja tratada como política pública na área de saúde.

Evander Vendramini não citou diretamente o tema e focou em questões políticas. Criticou atuais governos, disse que o PP é o único partido capaz de fazer a diferença: “minha candidatura é para que vocês tenham a oportunidade de ter alguém fazendo transformação de verdade”.

O debate durou pouco mais de duas horas. Não houve embate direto entre os candidatos, ou seja, troca de perguntas entre eles, já que a maioria dos questionamentos foram feitos por membros de entidades ligadas à Igreja Católica.

Dos seis candidatos, somente Reinaldo Azambuja (PSDB) não compareceu. Foi lido documento, no início do evento, onde ele justifica a ausência por conta de agenda em São Paulo (SP).

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