Em briga, mulher pega arma de bala de borracha de PM e é morta por agentes em Santa Catarina

A Polícia Militar de Santa Catarina abriu inquérito para apurar a morte de uma mulher por dois agentes da corporação durante briga na tarde deste domingo (28), em área movimentada da Praia de Canasvieiras, no norte de Florianópolis. Os ferimentos do irmão e do marido dela, provocados pelas balas disparadas pelos PMs, também estão sendo […]

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A Polícia Militar de Santa Catarina abriu inquérito para apurar a morte de uma mulher por dois agentes da corporação durante briga na tarde deste domingo (28), em área movimentada da Praia de Canasvieiras, no norte de Florianópolis. Os ferimentos do irmão e do marido dela, provocados pelas balas disparadas pelos PMs, também estão sendo investigados.

Segundo a porta-voz da PM-SC, a coronel Claudete Lemhkhul, os PMs teriam agido em legítima defesa, mesmo assim a postura deles vai ser investigada. “A mulher estava embriagada, tomou uma arma de balas de borracha e ameaçou um policial, que teve que atirar nela para se defender”, disse. No meio da briga, estava uma criança.

De acordo com a versão oficial, dois policiais foram atacados com pedras e rojões por um grupo de pessoas embriagadas que participava de uma festa de confraternização em uma escuna. Algumas delas teriam agredido o comandante da embarcação, que atracou o barco no trapiche de Canasvieiras e desembarcou o grupo. Ali, cerca de 100 pessoas assistiram ou participaram da confusão, entre elas Crislândia Solidad dos Santos, que foi morta, o marido dela, Deymeson Quelmy de Oliveira, e o irmão dela, Carlos Alexandre Solidad dos Santos, ambos feridos pelos policiais.

A Polícia Militar foi chamada porque alguns dos passageiros da escuna teriam disparado rojões contra outros barcos. Numa primeira intervenção, os passageiros foram contidos. Mas, algum tempo depois, os policiais voltaram ao local para apartar outra briga, da qual participavam muitos dos envolvidos na confusão anterior.

Em um vídeo divulgado pela PM-SC, é possível ver a briga. Na imagem feita às 16h12, Carlos aparece caído no chão, já baleado. Crislândia segura uma arma. Ela teria atirado três vezes, sem acertar ninguém. Para desarmá-la, um dos PMs atira e a fere na perna esquerda – ela morreu horas depois num hospital, em consequência do ferimento. O marido dela então pega a espingarda da mulher caída e ameaça um PM, e também é baleado.

Nas imagens é possível ver uma criança, que seria filha de Crislândia, no meio do tiroteio. Ela abraça o homem caído até ser recolhida por uma pessoa da família.

Os PMs então recolhem as armas e voltam para o carro de polícia, de onde chamaram ambulâncias para atender os feridos. Todos foram levados ao Hospital Celso Ramos.

Carlos e Daymeson foram presos,  com outros dois homens que não aparecem no vídeo.

Segundo o tenente Lucas da Silva, comandante do 21º BPM, que abriga os PMs envolvidos no tiroteio, “os dois PMs agiram em legítima defesa, atirando nas pernas dos envolvidos, sinal que não tinham intenção de matá-los”.

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