Em 4º dia de greve, Metrô de SP tem 4 linhas funcionando parcialmente
A greve dos metroviários entrou no 4º dia após a categoria decidir, em assembleia realizada na noite deste sábado (7), manter a paralisação. Neste domingo (8), a cidade de São Paulo amanheceu com 4 linhas do Metrô funcionando parcialmente – a linha 4-Amarela, que operou normalmente neste sábado (7), está com interdições no trecho entre […]
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A greve dos metroviários entrou no 4º dia após a categoria decidir, em assembleia realizada na noite deste sábado (7), manter a paralisação. Neste domingo (8), a cidade de São Paulo amanheceu com 4 linhas do Metrô funcionando parcialmente – a linha 4-Amarela, que operou normalmente neste sábado (7), está com interdições no trecho entre as estações Paulista e Faria Lima, por causa da execução de obras de expansão nas futuras estações Fradique Coutinho e Oscar Freire.
Nesse trecho, está implantada a operação Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência), que coloca ônibus à disposição dos passageiros. Já as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha continuam na operação parcial – a linha 1-Azul opera entre o trecho Ana Rosa e Luz; a linha 2-Verde opera entre o trecho Ana Rosa e Clínicas; e a linha 3-Vermelha opera entre Bresser-Mooca a Marechal Deodoro. A linha 5-Lilás funciona normalmente desde as 4h45.
Após assembleia, os metroviários devem se reunir novamente às 14h deste domingo (8), depois que o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) concluir o julgamento da paralisação, previsto para as 10h.
Propostas
Inicialmente, os metroviários pediram 35,47% de aumento, passando para 16,5%. Na quinta-feira (5), durante audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o valor diminuiu para 12,2%. Nesta segunda reunião, eles mostraram intenção de reduzir o valor, mas afirmam que não vão abrir mão dos benefícios e da mudança no valor da PLR.
O governo chegou a propor 8,8% de aumento, mas depois declinou da oferta, e manteve o valor de 8,7% de reajuste nesta sexta-feira (6). Os metroviários seguiram com pedido de aumento de 12,2%. “Não recebemos proposta nova do governo. Sinceramente, isso é birra do governador [Geraldo Alckmin]. Acho que é hora do governador ser governador de verdade e negociar”, disse o presidente do Sindicato dos Metroviários, Altino Melo dos Prazeres.
Negociações
Altino, diante da postura dos representantes da companhia, disse que não abriria mão do aumento de dois dígitos, participação nos lucros e resultados (PLR) igualitária, periculosidade para uma parte dos funcionários e catraca livre, como proposto na quinta-feira, na audiência de conciliação. “Estamos tristes”, afirmou Prazeres. “A gente quer o aumento de dois dígitos como o Haddad deu, de 10%, para os motoristas”, defendeu o sindicalista.
Segundo ele, a intenção ainda é chegar a uma decisão negociada. “Não sei nem se vamos passar de domingo, muito menos chegar à Copa. Nosso interesse não é acabar com a Copa. Não quereremos criar esse problema para o país nem para os jogadores nem para a população. Nós queremos o nosso direito.”
Rafael Pugliese, desembargador que presidia a sessão, chegou a propor índice de 9%, mas o Metrô não aceitou. O impasse entre Metrô de São Paulo e funcionários da companhia quanto ao aumento de salário provocou funcionamento parcial das composições nesta sexta-feira, segundo dia de greve. Os metroviários pedem um reajuste que, segundo o governo, é muito superior ao que pode pagar.
Carta para a Fifa
Segundo Altino Melo dos Prazeres, presidente do Sindicato, os metroviários vão enviar uma carta para a presidente Dilma Rousseff. “Queremos que intercedam junto ao governador Geraldo Alckmin para que se abra um canal de negociação”, disse. Os sindicalistas chegaram a cogitar enviar a carta também para a Fifa “A Fifa, como uma empresa que está promovendo a Copa do Mundo, tem o maior interesse de ter todos os problemas resolvidos. Esperamos que a Fifa pressione o governador Alckmin”, afirmou Prazeres. Depois, o sindicalista afirmou que não entrariam em contato com a entidade.
Durante a assembleia, o presidente dos Sindicatos dos Metroviários disse que a categoria tem medo de que ocorram demissões por causa da paralisação. “Não queremos prolongar essa greve até segunda-feira (9) e por isso esperamos uma proposta do governo”, afirmou.
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