Eletrobrás e chinesa ganham leilão de Belo Monte com 38% de desconto

O consórcio IE Belo Monte, formado pela chinesa State Grid, por Furnas e Eletronorte (as duas últimas subsidiárias da Eletrobrás, controlada pelo governo), foi o vencedor do leilão de concessão da linha de transmissão da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), com proposta de receber receita anual de R$ 434.647.038. Esse valor […]

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O consórcio IE Belo Monte, formado pela chinesa State Grid, por Furnas e Eletronorte (as duas últimas subsidiárias da Eletrobrás, controlada pelo governo), foi o vencedor do leilão de concessão da linha de transmissão da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), com proposta de receber receita anual de R$ 434.647.038.

Esse valor representa um desconto de 38% em relação ao preço máximo que o governo queria pagar de receita anual, R$ 701 milhões.

A regra básica para vencer o leilão era apresentar a menor proposta de receita anual (a partir dos R$ 701 milhões fixados inicialmente pelo governo). A ideia, segundo a Aneel é que isso diminua o preço da energia repassado ao consumidor.

No total, participaram do leilão três consórcios.

O consórcio BMTE, formado pelas empresas  Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A.(Taesa), do grupo Cemig, e Alupar Investimento S.A., ofereceu R$ 666.482.160, com desconto de 4,92% em relação ao teto estabelecido pelo governo.

A Abengoa Construção Brasil Ltda. ofereceu R$ 620.423.600, com 11,49% de desconto em relação ao preço máximo que poderia ser ofertado.

O leilão foi realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na sede da BM&FBovespa, em São Paulo.

O leilão aconteceu dias depois de o país sofrer um apagão em 11 Estados e de a Aneel  registrar picos de consumo de energia.

O grupo vencedor vai construir e operar 2.100 quilômetros de linha de transmissão entre Xingu (PA) e Estreito (MG) e duas estações conversoras.

As linhas de transmissão são responsáveis por levar energia de alta-tensão, gerada pela usina, até as estações conversoras.

Nesses locais, a tensão é diminuída e distribuída para uso em indústrias, comércio e residências.

A receita anual é a remuneração mensal dada pelo governo à empresa após a linha de transmissão começar a operar. A concessão tem prazo de 30 anos, com possibilidade de prorrogação a critério do governo.

As instalações devem entrar em operação no prazo de 44 a 46 meses da assinatura dos contratos. O investimento total é estimado em R$ 5,1 bilhões.

A nova linha terá entre 4.000 MW e 11 mil MW de potência, pouco inferior ao sistema de transmissão de Itaipu, que atinge 14 mil MW.

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