O governo do Egito executou três condenados à morte por casos de assassinato, na primeira aplicação da pena capital desde que o novo presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, assumiu o cargo, informou nesta sexta-feira à Agência Efe uma fonte de segurança.

Um preso foi executado ontem em uma prisão do Cairo pelo assassinato de duas mulheres em dezembro de 2008 em um chalé no distrito de Guiza, afirmou a fonte.

As outras duas execuções aconteceram na prisão de Borg al Arab, em Alexandria, na qual morreram dois réus sentenciados por estupro e assassinato com premeditação.

As execuções aconteceram apenas 11 dias após a posse de Al Sisi como novo presidente do Egito.

Trata-se, além disso, das primeiras execuções feitas no Egito desde outubro de 2011, segundo a Anistia Internacional, quando um homem foi enforcado por assassinar seis coptas e um policial muçulmano.

Sob as presidências do islamita Mohammed Mursi (2012-2013) e do líder interino Adly Mansour (2013-2014) não houve execuções, informa a imprensa local.

Durante os últimos meses, a justiça egípcia emitiu várias penas de morte contra membros e seguidores da Irmandade Muçulmana, declarados organização terrorista pelo Executivo de Mansur.

Ontem, um tribunal egípcio sentenciou provisoriamente à morte o guia supremo da Irmandade, Mohammed Badía, e outros 13 membros e dirigentes da confraria por cometer assassinatos e incitar o terrorismo, entre outras acusações.

Além disso, amanhã está previsto que a justiça emita sua sentença definitiva em outro caso contra 683 islamitas, incluindo Badía, que também foram condenados de forma revogável à morte em abril por atos de violência.

Como estabelece o procedimento, seu casos foram levados ao mufti da República, Shauqui Alam, quem deve emitir uma sentença não vinculativa antes que seja anunciada a decisão final do juiz.