Ebola já matou mais de mil pessoas na África, informa OMS

A epidemia de ebola que atinge a África Ocidental já matou mais de mil pessoas, de um total de 1.849 casos de infecção, segundo balanço da OMS (Organização Mundial da Saúde) atualizado na noite nesta segunda-feira (11). Os primeiros casos foram identificados em março, em áreas próximas a florestas do Sul da Guiné, com a […]

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A epidemia de ebola que atinge a África Ocidental já matou mais de mil pessoas, de um total de 1.849 casos de infecção, segundo balanço da OMS (Organização Mundial da Saúde) atualizado na noite nesta segunda-feira (11). Os primeiros casos foram identificados em março, em áreas próximas a florestas do Sul da Guiné, com a morte de 59 pessoas. Especialistas não conseguiram identificar o vírus na origem do surto, cujos sintomas começaram a surgir seis semanas antes do resultados de exames, feitos na França.

Acompanhe a cronologia sobre a doença:

Março – No dia 27, é registrado o contágio pelo vírus na cidade de Conacri, capital guineense. Quatro dias depois, a Libéria confirma os dois primeiros casos da doença no país.

Abril – No começo do mês, equipes médicas internacionais começam a chegar à Guiné. No dia 8 de abril, a OMS assume que esse surto de febre hemorrágica é o “maior desafio” para os trabalhadores da área de saúde desde que a doença mortal surgiu no Zaire, atual República Democrática do Congo, há cerca de 40 anos.

Maio – No final do mês, Serra Leoa confirma a primeira morte no país. Um mês depois, a OMS diz que a escalada do ebola em Serra Leoa, na Libéria e na Guiné se dá pela “pouca seriedade” com que foi encarado o combate ao vírus na comunidade internacional.

Junho – No dia 23, a organização Médicos sem Fronteiras afirma que o surto está “fora de controle”, com mais de 60 pontos de grande concentração de casos divididos nos três países africanos.

Julho – No início do mês, a OMS alerta que o surto pode continuar por “vários meses”. No dia 25, é registrado o primeiro caso de ebola na Nigéria, país mais populoso de África. Um cidadão proveniente da Libéria morre, em quarentena, na cidade de Lagos, capital nigeriana. A partir de então, o país coloca todos os portos e aeroportos em alerta. Dois dias depois, uma a mulher morre em Freetown, Serra Leoa. No dia 30 de julho, a organização Médicos Sem Fronteiras alerta para o risco de contágio em outros países. A Libéria anuncia o fechamento de todas as escolas. No dia seguinte, Serra Leoa declara “estado de emergência”. No começo de agosto, autoridades de Serra Leoa, da Guiné e Libéria anunciam o isolamento do “epicentro do surto”.

Agosto – No dia 4, autoridades nigerianas informam que um médico em Lagos, no sudoeste do país, contraiu o vírus após tratar um paciente, fazendo dele o segundo caso na segunda maior cidade da África Subsaariana. Com o agravamento do surto, o presidente de Serra Leoa, Ernest Bai Koroma, apela aos cidadãos para combaterem o vírus em conjunto. Restaurantes, bares e outros estabelecimentos fecham as portas. No dia 5, o Banco Mundial disponibiliza cerca de US$ 200 milhões para ajudar a conter o ebola enquanto a maioria dos líderes africanos se encontra, em Washington, nos Estados Unidos. Os presidentes da Libéria e de Serra Leoa decidem não participar do encontro.

Uma missionária americana, infetada na Libéria, chega aos Estados Unidos, e é levada para o mesmo hospital onde outro norte-americano, também infetado com o vírus, recebe tratamento. Em ambos, foi administrado um medicamento experimental contra o vírus que ainda não tinha sido testado em humanos.

No dia 8, a OMS decreta o surto uma “emergência de saúde pública mundial” e pede uma “respostas internacional coordenada”. Na ocasião, a Nigéria decreta estado de emergência de saúde, juntando-se à Libéria e Serra Leoa.

No dia 7, um padre e uma freira espanhóis, infectados com o vírus na Libéria, são transportados para Madri de avião e ficam isolados no hospital. Dois dias depois, uma freira congolesa que trabalhava com o padre espanhol morre com ebola na Libéria.

No dia 11, oito profissionais de saúde chineses são postos em quarentena em Serra Leoa. Um dia depois, o comitê de peritos da OMS aprova o uso de tratamentos experimentais. O padre espanhol Miguel Pajares, que chegou à Espanha vindo da Libéria no dia 7, morre, após tratamento com o medicamento experimental. Hoje, foi anunciado que as reservas do medicamento experimental se esgotaram após os estoques terem sido enviados para a África Ocidental.

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