Ebola: auxiliar de enfermagem espanhola vive dias cruciais
As possibilidades de a auxiliar de enfermagem espanhola, infectada com o vírus ebola, sobreviver aumentam a partir de hoje (14), quando se completam 15 dias desde os primeiros sintomas, segundo um dos médicos que a acompanham. Fernando de Calle, da Unidade de Medicina Tropical do Hospital Carlos III, é um dos profissionais da equipe de […]
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As possibilidades de a auxiliar de enfermagem espanhola, infectada com o vírus ebola, sobreviver aumentam a partir de hoje (14), quando se completam 15 dias desde os primeiros sintomas, segundo um dos médicos que a acompanham.
Fernando de Calle, da Unidade de Medicina Tropical do Hospital Carlos III, é um dos profissionais da equipe de cerca de 50 pessoas envolvidas no tratamento e acompanhamento de Teresa Romero Ramos, internada desde 6 de outubro na unidade hospitalar.
“É verdade que, estatisticamente, passados certos dias da doença, superada certa barreira, os que conseguiram sobreviver têm mais probabilidade de êxito”, disse aos jornalistas, lembrando que essa barreira, no caso do ebola, fica entre 14 e 15 dias.
“Este momento é o mais crítico, em que temos que estar tranquilos e fazer tudo bem”, acrescentou.
Oficialmente e por desejo de Teresa Romero, o Hospital Carlos III não revela dados concretos sobre o estado de saúde dela, mas fontes hospitalares explicam que está “estável, dentro da gravidade”. Ela está criando anticorpos, tem menos carga viral, mas ainda pode vir a sofrer problemas causados pela doença, como dificuldades renais ou respiratórias, explicaram.
As mesmas fontes dizem que ela está consciente, lutando contra a doença, e tem sido uma “paciente modelo”, que até recorda aos colegas as medidas de precaução para evitar contágios.
De la Calle explicou que Teresa Romero está recebendo tratamentos experimentais. Até agora, não há qualquer medicamento totalmente eficaz para o ebola, por isso os médicos estão “sempre avaliando possibilidades, procurando não prejudicar a paciente”.
As outras 15 pessoas isoladas e em observação no mesmo hospital continuam assintomáticas. “Ninguém que não tenha sintomas pode transmitir” o vírus.
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