É Júlio de Castilho ou Castilhos? Ninguém sabe ao certo quem nome de avenida homenageia

Nem na Arca (Arquivo Histórico de Campo Grande) e nem na Câmara Municipal de Campo Grande há registro sobre quem seria a homenagem com o nome da Avenida Júlio de Castilho. O Decreto de n. 4.075/77, que dá o nome da Avenida, de acordo com assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e […]

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Nem na Arca (Arquivo Histórico de Campo Grande) e nem na Câmara Municipal de Campo Grande há registro sobre quem seria a homenagem com o nome da Avenida Júlio de Castilho. O Decreto de n. 4.075/77, que dá o nome da Avenida, de acordo com assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), informa apenas que a grafia correta é Júlio de Castilho.

O fato é que existem dois: um Castilho e o outro Castilhos. Ambos tiveram vida importante e poderiam ser o homenageados.

Enquanto que o português, Júlio de Castilho, nascido em 30 de abril de 1840 foi jornalista, poeta e escritor, com diversas obras publicadas sobre a cidade de Lisboa e uma importante coleção pessoal de documentos que compõem hoje a Biblioteca Nacional de Lisboa.

Júlio Prates de Castilhos, gaúcho de Cruz Alta, nascido em 29 de junho de 1860, também foi jornalista e político. Eleito patriarca do Rio Grande do Sul pelos seus conterrâneos, foi o principal autor da Constituição Estadual de 1891 e o grande disseminador do ideário positivista no Brasil.

Vendo o currículo dos dois, é provável que o segundo seja o homenageado, mas se assim for a grafia do nome está errada.

Alheios à discussão, os moradores da região, na verdade, não sabem nem quem foi um ou outro.

A dona de casa Bernardina Lopes de Souza, de 75 anos, mora há 4 anos perto da avenida e confessa que nunca se interessou em saber quem dá nome ao local. “Nunca quis saber, nem sabia que existiam dois”, diz.

Assim como ela, o cabeleireiro Sergio Antonio Barbosa, de 51 anos, que há 20 trabalha na região, diz que não sabia quem foi Júlio de Castilho.

O único que chegou mais próximo foi o representante de venda João Paulo de Souza, de 74 anos. “Não sei quem é, mas com certeza foi algum escritor famoso”, chutou, acertando, se a homenagem realmente for ao português.

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