No exterior, o dólar perdeu um pouco de força contra boa parte das moedas emergentes nesta sessão de poucos negócios, ainda repercutindo os dados americanos fracos divulgados na semana passada, que alimentaram expectativas de que o Federal Reserve, banco central dos EUA, possa diminuir o ritmo de cortes no seu programa de compra de títulos.

Pela manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade às intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes a venda futura de dólares. Foram mil contratos para 1º de agosto e 3 mil para 1º de dezembro deste ano, em operação com volume equivalente a US$ 197,6 milhões.

Além disso, também vendeu o lote integral de 10,5 mil swaps em mais um leilão para rolar os vencimentos de 5 de março. Com isso, o BC já rolou cerca de 56% do lote para o próximo mês, que equivale a US$ 7,378 bilhões.

O clima de calmaria desta sessão contrastou com a volatilidade vista recentemente no mercado doméstico, que tem sofrido intensa pressão em meio à onda global de mau humor em relação a ativos de países em desenvolvimento.

Essas turbulências levaram o dólar a superar no fim de janeiro o patamar de R$ 2,40, que analistas identificavam como importante nível de resistência. Com isso, alguns agentes passaram a afirmar que, embora o vaivém deva ser retomado em breve, a divisa deve oscilar no curto prazo entre R$ 2,35 e R$ 2,45. “Hoje o mercado está andando de lado, mas amanhã já deve retomar o nervosismo”, afirmou o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.O dólar fechou com leve alta ante o real nesta segunda-feira, ao fim de uma sessão marcada por baixíssimo volume de negociações devido ao feriado nos Estados Unidos e por pequenas variações durante todo o dia.

A moeda americana teve variação positiva de 0,09%, a R$ 2,3887 na venda, após bater R$ 2,3935 na máxima e R$ 2,3795 na mínima do dia. Segundo dados da BM&F, o volume financeiro do pregão ficou em US$ 850 milhões, bem abaixo da média diária de janeiro, de US$ 1,5 bilhão.

“Com o feriado lá fora, o volume de negociações ficou muito baixo e não houve nenhum fato relevante para que o dólar saísse da estabilidade”, afirmou o economista da corretora H.Commcor Waldir Kiel, referindo-se ao feriado americano do Dia do Presidente.