Dólar sobe mas encerra semestre com queda de 6,26%, a R$ 2,21

O dólar comercial fechou em alta de 0,67% nesta segunda-feira (30), cotado a R$ 2,21 na venda. A moeda norte-americana, no entanto, encerra o mês com queda de 1,37%.

No segundo trimestre, o dólar comercial registrou 2,62%. No primeiro semestre de 2014, o dólar acumulou desvalorização de 6,26%.

Boa parte dos analistas de mercado acredita que o BC quer a moeda norte-americana fique dentro do intervalo entre R$ 2,20 e R$ 2,25, porque não prejudica a inflação, nem as exportações.

O Banco Central não realizou hoje leilão para rolar contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda de dólares no futuro) que vencem nesta terça-feira (1º). De acordo com a agência de notícias Reuters, isso contribuiu para a alta do dólar.

O BC teria apenas mais esta sessão para rolar os contratos de julho. O BC rolou pouco mais de 85% do lote total, correspondente a US$ 10,060 bilhões.

O Banco Central rolou integralmente todos os lotes de swap que venceram entre setembro e março, com exceção do lote de novembro. A partir de então, passou a fazer rolagens parciais e menores, entre 75% e 50% do total a vencer.

No início de junho, expectativas de que o BC poderia reduzir suas atuações no mercado de câmbio levaram a moeda norte-americana a superar o limite informal de R$ 2,25. O BC reagiu com aumento da oferta de swaps em cada leilão para rolagem, e o dólar voltou a ficar entre R$ 2,20 e R$ 2,25.

Atuações diárias do BC brasileiro no mercado de dólar

O BC também manteve seu programa de intervenções diárias no câmbio, com as novas regras anunciadas em dezembro.

Foram vendidos 3.000 swaps cambiais com vencimento em 2 de fevereiro de 2015 e 1.000 para 1º de junho de 2015. A operação movimentou o equivalente a US$ 198,7 milhões.

O BC também realizou oferta de até US$ 3,5 bilhões com compromisso de recompra em 2 de dezembro de 2014, mas não aceitou propostas na operação.

Projeção do PIB cai pela quinta semana seguida e vai a 1,1%

Analistas das principais instituições financeiras do país diminuíram pela quinta semana seguida suas projeções de crescimento da economia, passando de 1,16% na semana passada para 1,1% nesta semana. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira no relatório Focus, publicado semanalmente pelo Banco Central (BC).

A projeção dos demais indicadores ficou inalterada. A previsão para a Selic, a taxa básica de juros, também foi mantida em 11% ao final deste ano; e a expectativa para a cotação do dólar é de R$ 2,40. Além disso, os economistas continuam esperando inflação de 6,46% no final deste ano.