Em meio ao quadro de poucas notícias, o dólar fechou praticamente estável ante o real nesta sexta-feira, refletindo também o menor apetite pela moeda dos Estados Unidos no exterior.

A divisa americana teve oscilação negativa de 0,01%, a R$ 2,3265 na venda, e acumulou baixa de 1,07% na semana. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,85 bilhão. “Lá fora, moedas ligadas a commodities estão se valorizando e isso deu um pouco de sustentação ao real nesta sessão”, afirmou o estrategista do banco Mizuho, Luciano Rostagno. O dólar recuava em relação a moedas como o peso chileno e o dólar australiano.

Nas últimas sessões, o quadro de ingresso de capitais no Brasil tem aliviado um pouco da pressão sobre a moeda americana. Mas o dia não trouxe notícias que pudesse motivar os investidores a mudar suas posições ou fazer grandes apostas. “Não houve nada de novo que poderia fazer o dólar se mover muito mais do que isso”, resumiu o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

A tranquilidade também foi amparada pelas intervenções do Banco Central no câmbio. Nesta sessão, vendeu a oferta total de 4 mil swaps cambiais – equivalentes a venda futura de dólares -, todos com vencimento em 1º de dezembro deste ano, com volume equivalente a US$ 198,0 milhões. A autoridade monetária também ofertou contratos para 1º de outubro, mas não vendeu nenhum.

Além disso, também vendeu a oferta total de 10 mil swaps cambiais para rolagem dos vencimentos em 1º de abril. No total, o BC já rolou cerca de metade do lote total para o próximo mês, equivalente a US$ 10,148 bilhões. “De maneira geral, o fluxo tem sido positivo durante a semana e, somado à oferta de swap cambial, traz a cotação para baixo”, escreveram analistas da Lerosa Investimentos em relatório.