Dólar fecha em queda, mas não rompe “barreira” de R$ 2,20

O dólar fechou em queda nesta segunda-feira, refletindo o maior apetite por risco nos mercados globais de câmbio, mas a vigilância do Banco Central evitou que a divisa rompesse o suporte de R$ 2,20. A agenda esvaziada de notícias econômicas também ajudou a moeda a manter a tendência de pequenas movimentações das últimas semanas. A […]

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O dólar fechou em queda nesta segunda-feira, refletindo o maior apetite por risco nos mercados globais de câmbio, mas a vigilância do Banco Central evitou que a divisa rompesse o suporte de R$ 2,20. A agenda esvaziada de notícias econômicas também ajudou a moeda a manter a tendência de pequenas movimentações das últimas semanas.

A divisa dos Estados Unidos recuou 0,21%, a R$ 2,2088 na venda, após chegar a R$ 2,2039 na mínima da sessão. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 682 milhões. “O dia foi um pouco mais tranquilo para os emergentes lá fora. Num dia tão sem notícias quanto hoje, o real acabou acompanhando”, afirmou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

O dólar abriu praticamente estável ante o real e não se movimentou muito durante quase toda a manhã. Por volta da hora do almoço, a moeda dos EUA ampliou a queda e firmou-se no território negativo em toda a segunda metade do pregão. “O apetite por risco cresceu no fim da manhã, à medida que as bolsas dos Estados Unidos ganharam um pouco mais de força e as moedas emergentes acompanharam”, afirmou o economista da 4Cast, Pedro Tuesta.

As bolsas norte-americanas fecharam em alta nesta segunda-feira, após o índice Standard & Poor’s 500 registrar dois declínios semanais consecutivos. Mas investidores continuaram cautelosos diante de uma série de indicadores econômicos que ainda carregam dúvidas sobre a força da recuperação da maior economia do mundo.

A moeda americana tem variado entre R$ 2,20 e R$ 2,25 desde o início de abril, diante de avaliações de que esses níveis agradariam o BC por não serem inflacionários e, ao mesmo tempo, não prejudicarem as exportações.

A estabilidade do câmbio também reflete o quadro de entrada de recursos externos no Brasil e o contexto internacional mais positivo para ativos de países emergentes. Neste ano, até o dia 9 de maio, o país recebeu US$ 3,104 bilhões em termos líquidos, segundo dados do BC. “O fluxo melhor não está sendo suficiente para levar o dólar abaixo de R$ 2,20, mas com certeza deixa o mercado mais tranquilo”, disse o operador da corretora B&T, Marcos Trabbold.

Pela manhã, o BC deu continuidade às atuações diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Todos os contratos vendidos têm vencimento em 2 de março de 2015, com volume equivalente a US$ 198,3 milhões. A autoridade monetária também ofertou swaps para 1º de dezembro deste ano, mas não vendeu nenhum. Em seguida, também vendeu a oferta total de swaps em leilão de rolagem. Até agora, o BC rolou pouco menos de 30% do lote total que vence no próximo mês, equivalente a US$ 9,653 bilhões.

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