O dólar fechou em queda ante o real nesta quinta-feira, sob a constante atuação do Banco Central e em movimento de correção técnica após ter subido mais frente à moeda brasileira do que sobre outras emergentes durante a semana.

A divisa americana recuou 0,66%, a R$ 2,4065 na venda, mas chegou a R$ 2,3999 na mínima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,3 bilhão. “O real perdeu muito mais do que outras emergentes nessa semana e hoje está corrigindo”, disse o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.

Até a véspera, o dólar havia acumulado alta de 1,82% em relação ao real. Em comparação, havia subido apenas e 0,27% contra o peso mexicano e tombado 0,65% sobre o rand sul-africano.

Ativos de mercados emergentes vêm sendo pressionados nas últimas sessões em meio à onda global de aversão a risco. Nesta sessão, a divisa dos Estados Unidos subiu em relação às principais moedas de países em desenvolvimento durante a maior parte do dia, mas passou a perder fôlego no início da tarde.

A reviravolta veio após dados fracos sobre o mercado de trabalho norte-americano alimentarem expectativas de que o Federal Reserve, banco central do país, pode desacelerar o processo de redução de seu programa de compra de títulos, aliviando a liquidez global.

“As moedas emergentes viraram por causa dos números dos EUA, que vieram fracos e preocupam o mercado por causa da redução do estímulo”, afirmou o operador de uma corretora nacional.

O BC brasileiro deu continuidade ainda nesta manhã às atuações diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes a venda futura de dólares. Foram 500 swaps com vencimento em 1º de agosto e 3,5 mil para 1º de dezembro deste ano, em operação com volume financeiro equivalente a US$ 197,1 milhões.

No da manhã, o BC também vendeu integralmente o lote de 10,5 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em março. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 42% do total.