Dois soldados israelenses são mortos por palestinos, diz exército
Dois soldados israelenses foram mortos neste sábado (19) por um comando palestino que se infiltrou em Israel através de um túnel a partir de Gaza, anunciou o Exército, elevando a três o número de militares mortos desde o início da ofensiva terrestre. “Os soldados se chamavam (…) Adar Bersanao, de 20 anos de Nehariya e […]
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Dois soldados israelenses foram mortos neste sábado (19) por um comando palestino que se infiltrou em Israel através de um túnel a partir de Gaza, anunciou o Exército, elevando a três o número de militares mortos desde o início da ofensiva terrestre.
“Os soldados se chamavam (…) Adar Bersanao, de 20 anos de Nehariya e (…) Amotz Greenberg, de 45 anos, de Hod Hasharon”, informou o Exército em um comunicado.
O número de palestinos mortos pelos 12 dias de ofensiva israelense em Gaza subiu a 342, o que levou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a viajar à região.
O chefe das Nações Unidas tentará ajudar na coordenação com os atores regionais e internacionais para acabar com a violência e encontrar uma saída ao conflito, de acordo com o secretário-geral adjunto para assuntos políticos da ONU, Jeffrey Feltman.
No entanto, Israel advertiu que intensificará sua operação terrestre no enclave palestino controlado pelo movimento islamita do Hamas.
O Exército israelense informou ter repelido um grupo armado palestino que tentava se infiltrar no sul de Israel através de um túnel. Um combatente foi morto e dois soldados feridos na troca de tiros.
Em Gaza, ao menos 42 palestinos, incluindo três crianças, morreram neste sábado nos ataques israelenses. Segundo a ONU, os civis representam mais de três quartos das vítimas.
No total, ao menos 342 palestinos, incluindo muitas mulheres e crianças, foram mortos desde o início, em 8 de julho, da operação israelense que também fez mais de 2.400 feridos
Segundo o Centro Palestino para os Direitos Humanos, com sede em Gaza, os civis representam mais de 80% das vítimas da ofensiva, lançada por Israel para fazer parar os disparos de foguetes do movimento islamita Hamas, que controla a zona.
Trata-se do conflito mais sangrento em Gaza desde 2009.
Na madrugada de quarta-feira, as autoridades israelenses lançaram uma ofensiva terrestre, uma nova fase da operação.
A Agência da ONU para ajuda aos refugiados palestinos (UNRWA) abriu 44 de suas escolas para receber os palestinos que tentam fugir dos bombardeios e indicou que mais de 50 mil pessoas necessitam de refúgio.
O Programa Mundial de Alimentos (PAM) indicou ter distribuído alimentos a 20.000 deslocados, e agora se prepara para atender 85.000 pessoas nos próximos dias.
Cerca de 70% da Faixa de Gaza continua sem eletricidade, enquanto o exército egípcio impidiu neste sábado a passagem de um comboio humanitário pró-palestino pela posto de fronteira de Rafah.
Neste contexto, centenas de ativistas pró-palestinos enfrentaram neste sábado o batalhão de choque da polícia de Paris, que tentou reprimir uma manifestação de apoio a Gaza proibida pelas autoridades francesas.
Os manifestantes lançaram pedras contra a polícia em um bairro do norte de Paris. As forças de ordem responderam com bombas de gás lacrimogêneo.
Além disso, milhares de pessoas de reuniram em Londres para pedir o fim dos bombardeios e o levantamento do bloqueio israelense contra a Faixa de Gaza.
E no norte de Israel, 1.500 árabes-israelenses protestaram contra a operação militar, segundo a polícia.
O Exército de Israel disse que os militantes usaram ou perderam cerca de metade de seus foguetes nos 12 dias de confronto-embora os combatentes islamitas afirmem reabastecer seu arsenal.
Os militares israelenses disseram que os militantes palestinos atiraram pelo menos 1.705 foguetes, aproximadamente 17% de um estoque estimado em 10 mil.
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