Dois anos após morte de Breno e Leonardo, famílias mantêm luta por mais segurança

Após dois anos da morte dos jovens Breno Luiz Sevestrin e Leonardo Fernandes, que foram brutalmente assassinados depois que saíam do Bar 21, em Campo Grande, a mãe de um deles, Lilian Sevestrin, convoca outras mães a terem uma visão mais política do país e também a lutarem por mais segurança pública. Lilian, com Ângela […]

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Após dois anos da morte dos jovens Breno Luiz Sevestrin e Leonardo Fernandes, que foram brutalmente assassinados depois que saíam do Bar 21, em Campo Grande, a mãe de um deles, Lilian Sevestrin, convoca outras mães a terem uma visão mais política do país e também a lutarem por mais segurança pública.

Lilian, com Ângela Fernandes, fundaram a Associação Mães da Fronteira, cujo objetivo é reivindicar, ao poder público, mais segurança nos 17 mil quilômetros de fronteira do Brasil com outros países. “Não existe barreira nem mesmo fiscalização nas fronteiras. O Exército e as polícias não estão dando conta de nos proteger”, ressalta.

Ainda segundo ela, as mães não precisam esperar isso acontecer com seus filhos. É preciso cuidar deles, bem como participar e cobrar os problemas sociais.

“As mães devem se envolver mais nessa luta política. É importante, também, que elas descubram com quem seus filhos estão se relacionando, pois isso pode acontecer com qualquer família”, destaca.

Por sua vez, Lilian indica um ponto positivo no decorrer desses dois anos. “Acho que nesse tempo muita gente criou uma visão mais crítica, se conscientizou de que do jeito que está a segurança pública, não pode continuar”, diz.

O crime

Segundo o inquérito policial os acusados Rafael e Weverson esperaram as vítimas saírem de um bar na Capital e os abordaram. Após isso, eles seguiram para as saídas de Aquidauana e Rochedo, na região do Indubrasil.

Os acusados estavam sendo acompanhados por um Fiat Uno, onde supostamente estavam Dayane e o irmão de Rafael, um adolescente de 17 anos. Durante o trajeto, segundo a Polícia Civil, Breno foi violentamente espancado por Rafael. Ainda de acordo com o inquérito policial as vítimas imploraram pela vida.

Na entrada de uma galeria de água pluvial ambos foram postos de joelhos e executados. O primeiro a morrer foi Breno com um tiro na cabeça. Ao ver o amigo ser baleado Leonardo teria tentado escapar e a bala pegou na lateral da cabeça. Todos os disparos teriam sido efetuados por Rafael.

Os criminosos foram condenados a uma pena somada de 209 anos de prisão. A sentença foi proferida em agosto de 2013. Eles cumprem a pena no Presídio de Segurança Máxima da Capital.

Embora pareça uma pena longa, Lilian lamenta que os acusados, talvez, não cumpram toda a penalidade. “Quem tira a vida de alguém deve cumprir tudo que a Justiça determinou”, conclui.

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