Uma das ações efetivas da Campanha da Fraternidade, promovida anualmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)), resulta da Coleta da Solidariedade, o chamado gesto concreto de solidariedade, feita na missa do Domingo de Ramos em todo o País, que este ano cai no dia 13 de abril. São em torno de R$ 7 milhões que, segundo o arcebispo metropolitano de Campo Grande, dom Dimas Lara Barbosa, seguem diretamente para um fundo nacional que vai financiar projetos sociais nesta área.

Neste ano, o tema da Campanha da Fraternidade é o tráfico humano. Para a Igreja Católica, explica dom Dimas, são considerados casos de situações análogas à escravidão, exploração sexual e o comércio ilegal de órgãos.

A CNBB sabe que o tema é delicado e que precisa fazer mais a respeito. Dom Dimas acha que a Campanha da Fraternidade pode resultar na criação de uma nova pastoral, mas cita também uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) em trâmite no Congresso Nacional que prevê o confisco, para fins de reforma agrária, de propriedades rurais onde forem detectadas situações semelhantes à escravidão, cuja aprovação pode ser favorecida pelo trabalho da igreja.

Há também, por exemplo, uma agenda específica para o período da Copa do Mundo, envolvendo as regiões sede. Dom Dimas explica que, durante o torneio, haverá condições favoráveis para adoções ilegais e exploração sexual. Por isso, a Igreja Católica pretende atuar com trabalhos de conscientização e alerta.