Diretor diz que situação no setor de trauma da Santa Casa era caótica antes de fechamento
Situação caótica no trauma da Santa Casa já existia antes do fechamento, afirma diretor
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Situação caótica no trauma da Santa Casa já existia antes do fechamento, afirma diretor
O diretor-técnico da Santa Casa, Luiz Alberto Kanamura, afirmou em coletiva na tarde desta quarta-feira (13), que a situação no setor de ortopedia e traumatologia era caótica antes do fechamento de pelo menos 24 horas. “Vimos pessoas morrendo. A situação era caótica”, disse quando questionado como era a situação do departamento.
Na noite da terça-feira (12), o diretor-técnico e o presidente do hospital Wilson Levi Teslenco se reuniram com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o Hospital do Pênfigo e o CEM (Centro Especializado Municipal Jânio Quadros) para definir estratégias para aliviar o setor de trauma do hospital. Foi decidido pelo fechamento do setor de ortopedia e traumatologia por 24 horas, podendo ser prorrogado por mais 24 horas. O hospital já sinalizou que a prorrogação deve acontecer.
Segundo os diretores, órgãos reguladores foram comunicados para evitar levar pacientes com traumas leves para o hospital. Eles ressaltaram que em nenhum momento foi proibido a entrada de pacientes, que foi pedida a colaboração para diminuir a superlotação.
Até a terça-feira, havia 42 pacientes no setor, sendo 15 com fraturas expostas e graves. Na tarde desta quarta, o número já diminuiu para 36 pessoas e 13 pacientes já passaram por cirurgia. A prioridade do hospital é atender pessoas que já estavam no local e que não tinha como ser atendidas. Durante os momentos de superlotação, o setor já chegou a ficar com até 20 pacientes no corredor.
A estratégia para desafogar o setor foi dividir os atendimentos, passando os casos de média e baixa complexidade a outros hospitais. A princípio, o CEM e o Hospital do Pênfigo receberão estes pacientes. O Hospital Universitário também deveria receber pacientes de média e alta complexidade, mas segundo a Sesau, o hospital não compareceu à reunião que definiu as estratégias.
O Hospital Universitário informou ao Midiamax, que não foi comunicado e que continua realizando os atendimentos sem alterações.
Entre os fatores da superlotação, a direção do hospital aponta os acidentes como o principal fator, já que 60% dos internados na ortopedia são vítimas de acidentes de trânsito, em grande maioria, os motociclistas.
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