Segundo depoimento da mãe, a adolescente de 14 anos foi obrigada a praticar oral em colega e foi filmada durante o ato. O diretor teria dito que vídeo está ‘queimando o filme da escola’ e falou em expulsar a garota.

O vídeo em que mostra uma adolescente de 14 anos fazendo sexo oral em um jovem dentro da Teotônio Vilela, no Bairro Universitário, região sul de Campo Grande, estaria “queimando o filme do colégio”, e por conta disso, a mãe da vítima foi advertida pela direção do estabelecimento de ensino.

“Além de abusada, minha filha passou pelo constrangimento de ser chamada na sala do diretor, para que ele pedisse a ela que eu comparecesse ao colégio, para saber o motivo que minha filha seria expulsa”, denuncia a mulher.

Indignada e revoltada com a situação, a mulher de 33 anos, revela que ficou chocada com a atitude da escola. “Era para eles apurarem a situação e denunciar à polícia, e não me chamar dizendo que pelo vídeo, parece que minha filha estava ‘gostando’ e que isso ‘pegaria mal para o colégio’”.

Ela só descobriu o que aconteceu com a filha, depois que a jovem passou pelo constrangimento de ter o vídeo do estupro compartilhado entre os alunos do local. “Isso foi na quarta-feira passada, ela estuda de manhã, mas foi no período da tarde até a escola participar do ensaio da fanfarra e ninguém estava olhando o que estava acontecendo?”, indaga. 

A adolescente foi atraída por uma amiga, que disse que havia um menino interessado nela e que queria se encontrar com ela na construção da biblioteca, que está em obras. No local havia mais três garotos, que ameaçaram a jovem de agressão, caso ela não fizesse o sexo oral em um deles.
“Ela foi cercada, constrangida, ameaçada e filmada. Minha filha só soube do vídeo depois que caiu na mão do diretor, que em vez de apurar, quer expulsá-la. Em nenhum momento ela sabia que o crime estava sendo gravado pelos garotos”, relata. 
DENÚNCIA 
A adolescente de 14 anos chegou em casa, falou sobre o estupro para a mãe, deu o recado do diretor e contou sobre a expulsão. “Cheguei na escola e cobrei explicações, pois em nenhum momento eles consideraram que ela era vítima. Por causa disso procurei a delegacia, precisava recorrer para algum lugar, já que a escola prefere ficar na omissão e acobertar este tipo de crime”, revela a mãe da adolescente. 
O nome da mãe, assim como o da adolescente devem ser preservados, conforme a legislação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).