A presidente Dilma Rousseff participou da inauguração do Centro de Operações da prefeitura de Belo Horizonte para Copa do Mundo neste domingo e, ao final do evento, fez questão de autografar uma bandeira do Atlético-MG de um torcedor que estava na plateia. Atleticana declarada, Dilma voltou a falar do legado do Mundial no País e disse que o turista não irá levar de volta para sua casa as obras de mobilidade da Copa, mas sim a recepção calorosa e respeitosa do povo brasileiro.

“A Copa teve papel de acelerar essas obras, mas, mesmo considerando que aqui ou perto do Mineirão vai haver uma grande melhoria, elas não foram feitas para uso exclusivo da Copa. Quando o turista for embora não vai levar na mala o estádio, as obras do BRT. Isso vai ficar de legado para população. Em todas as vezes que houve jogos da Copa, em todos os países nós, quando visitamos, fomos bem recebidos. Tenho certeza de que o turista vai levar, em seu coração, a recepção calorosa, humana, respeitosa, que os mineiros e belo-horizontinos são capazes de dar”, afirmou a presidente.

Dilma visitou neste domingo o Centro de Operações da prefeitura da capital mineira, que fará o monitoramento, em tempo real, de diversos serviços como guarda municipal, defesa civil, limpeza urbana, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e, principalmente o trânsito da região durante a Copa do Mundo feito pela BHTrans. Belo Horizonte irá receber seis jogos do Mundial, sendo quatro deles na primeira fase, um nas oitavas de final e outro na semifinal.

Ao lado do prefeito Márcio Lacerda, a presidente foi apresentada ao novo sistema integrado de monitoramento, que custou cerca de R$ 31 milhões, sendo R$ 30 milhões em financiamento público com juros subsidiados e o restante de responsabilidade da própria prefeitura de BH.

O monitoramento será feito por meio de um sistema chamado “vídeo wall”, em que imagens de cerca de 1 mil câmeras espalhadas pela cidade são projetadas em uma parede.

“Fiquei impressionada com o Centro de Operações que a prefeitura fez aqui. Fiquei também impressionada com o acompanhamento feito em tempo real de cada um dos veículos do Move e do trânsito da cidade. Esse empreendimento somado a outros fazem parte desse esforço essencial nas cidades do Brasil”, disse.

Antes de chegar ao Centro de Operações, no bairro Buritis, Dilma fez uma parada na estação de transferência Mineirão do BRT Move (próximo ao cruzamento das avenidas Antônio Carlos, com Antônio Abrahão Caram, na Pampulha). A estação ainda está em obras para Copa do Mundo.

“Esses sistemas fazem parte da matriz de responsabilidade da Copa. A vantagem dele ter sido classificado como obra da Copa é acelerar a obra. Ela seria inexoravelmente feita, porque hoje a carteira de obras de mobilidade do governo em apoio às prefeituras chegam a R$ 143 bilhões. Essa obras constituem o que faltava no Brasil, que é a presença do governo federal”, afirmou.

“É uma verdadeira revolução no trânsito. Fico honrada dessa parceria porque acredito que um dos grandes problemas é a mobilidade urbana”, completou.