Designer que foi parar na Cracolândia após fim de namoro procura ‘nova vida’ em SP
Entre os moradores dos barracos que ocuparam a região da Cracolândia, no centro de São Paulo, está um ex-universitário de uma das mais renomadas faculdades paulistanas, que tenta reconstruir a vida após uma decepção amorosa, que – segundo ele – o levou diretamente para uma das áreas mais conturbadas da capital. O designer gráfico Thiago […]
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Entre os moradores dos barracos que ocuparam a região da Cracolândia, no centro de São Paulo, está um ex-universitário de uma das mais renomadas faculdades paulistanas, que tenta reconstruir a vida após uma decepção amorosa, que – segundo ele – o levou diretamente para uma das áreas mais conturbadas da capital. O designer gráfico Thiago Morales relata que se formou pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e que já teve uma vida boa, trabalhando inclusive na Europa, mas hoje, tudo o que ele quer é uma oportunidade para recomeçar.
Ao Terra, ele disse que vê com bons olhos essa iniciativa da prefeitura de colocar os moradores em hotéis da região. Porém, ainda com visão crítica, Morales aponta suas convicções políticas em relação ao programa Braços Abertos, de Fernando Haddad (PT).
“Vejo como uma oportunidade de mudança. Cada um dos usuários está à espera de uma moradia. Isso tem que ser abraçado por todos, apesar de eu achar que isso nada mais é que uma propaganda política. Acho que vai surtir efeito, mas, daqui a algum tempo, eles (políticos) vão dizer que foi dada a oportunidade”, falou.
Há seis meses nas ruas de São Paulo, Morales disse que uma decepção amorosa foi o estopim para a sua decadência. Após o término de um namoro, o designer enfrentou uma profunda depressão e acabou consumido pelo vício em drogas.
“A grande maioria aqui tem uma profissão e eu sou uma delas, basta eu querer. Eu tenho profissão, formação. Essa oportunidade é para retomar a vida de uma forma digna”, disse Morales, que concordou em participar do programa.
“A principio, vou aderir ao programa, porque, se eu não aderir, vão passar com a retroescavadeira em cima do meu barraco”, falou o designer, que classifica a sua formação como irrelevante no mundo do crack. Segundo ele, todos os viciados enfrentam os mesmos problemas na Cracolândia: “eu sou designer gráfico, trabalhei muito tempo com fotografia – em Portugal e na Espanha – mas isso já não importa, porque todo mundo aqui está no mesmo patamar.”
Assim como a maioria dos dependentes químicos, Thiago preferiu não falar sobre a família, que geralmente acaba sofrendo junto com os próprios usuários. Pouco antes da chegada dos caminhões da prefeitura, ele entrou em seu barraco e se preparou para tentar alcançar a tão sonhada “mudança de vida”.
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