Delegado que conduziu inquérito do Caso Amarildo depõe por quase três horas

O delegado titular da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, deixou às pressas a sala de audiências onde se faz hoje (20) a primeira sessão de julgamento do Caso Amarildo, depois de prestar depoimento durante quase três horas para a juíza Daniella Alvarez Prado, da 35ª Vara Criminal. De acordo com informações passadas pela assessoria do […]

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O delegado titular da Divisão de Homicídios, Rivaldo Barbosa, deixou às pressas a sala de audiências onde se faz hoje (20) a primeira sessão de julgamento do Caso Amarildo, depois de prestar depoimento durante quase três horas para a juíza Daniella Alvarez Prado, da 35ª Vara Criminal.

De acordo com informações passadas pela assessoria do Tribunal de Justiça, Rivaldo falou em seu depoimento que houve falhas na investigação, por não ter havido perícia no local de tortura. Ao deixar a sala, o delegado foi questionado pelos repórteres para esclarecer a afirmação. Porém, não falou sobre o assunto e apenas declarou que estava com a consciência tranquila.

“O que eu tenho para dizer é que saio daqui com a consciência tranquila do trabalho desenvolvido pela Divisão de Homicídios. Saio tranquilamente, do meu trabalho e das minhas convicções. Agora é com o Poder Judiciário e com o Ministério Público.”

A primeira sessão de julgamento dos 25 policiais militares acusados pelo desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza começou às 14h30 de hoje. Foram convocadas 19 testemunhas de acusação, sendo 18 policiais civis e a viúva da vítima, Elisabete Gomes da Silva, que chegou ao prédio do Fórum Central acompanhada por um dos filhos.

A pedido da juíza, apenas profissionais de imprensa de imagem tiveram acesso à sala de audiência, durante um minuto. Os demais jornalistas aguardaram do lado de fora. Os réus foram posicionados nas últimas cadeiras e acompanham os depoimentos das testemunhas. Amarildo desapareceu no dia 14 de julho do ano passado, na Favela da Rocinha, após ter sido levado por policiais militares para prestar esclarecimentos na base da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

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